quarta-feira, 28 de setembro de 2011

CASAS DE MADEIRA (3)



 Diz Mario Quintana: ”Não gosto da arquitetura nova, porque a arquitetura nova não faz casas velhas”.  Pensamento infeliz. A frase poderia ser escrita assim: ”Pena que não tenho tempo para ver todas as casas novas ficarem velhas.” Enfim... Toda a obra humana envelhece, das pirâmides do Egito à de vidro do Louvre. Os arquitetos escravos de seu tempo e de sua tecnologia só conseguem construir obras  datadas.. Tal afirmação não vale para os poetas, que são mirantes do futuro...
Casa Amoretti hoje
Mas aqui não se trata de poesia (apesar dela algumas vezes se apresentar) Trata-se de casas. Fiz um levantamento das casas de madeira do centro de Caxias. Três  das quais  foram demolidas na semana que passou. O balanço foi frutífero. Revi casas  conservadas e taperas. È incrível como passamos pelas coisas sem vê-las. Somos aprendizes de cegos, não apenas ensaiamos a cegueira como quer Saramago.  
Na metade da quadra situada  na rua Marechal Floriano(entre a Julio de Castilhos e a Sinimbu )  há uma casa plena de história. Parece tão nova e conservada como se hoje tivesse sido construída. Trata-se da casa Amoretti, construída em 1881. Desde então nela vive a mesma família, descendentes de Nicolau Luiz Amoretti.
Ele chegou a  colônia Caxias em 4 de maio de 1881,tendo comprado os   lotes 2 e 3 da quadra nº 5, na sede da Vila .  Era comerciante de profissão, e, na época da chegada tinha 32 anos, sendo casado com Maria  de 20 anos..A pobre Maria casou com 14 anos  aos 20 era mãe de três meninos: João de 5, Luiz de 4  e Sebastião de 3 anos. Não se fazem Marias como antiguamente. Era ainda  proprietário do  lote C no chamado Alfabeto,  na Segunda Légua,com 51 hectares,( em 1893 foi vendido para Francisco Prezzi) . Possuía ainda o  lote nº 21 do travessão Santa Tereza , na  Quinta Légua,com 17 hectares, pago em 1884. Tais dados revelam que Amoretti era um homem de posses, pois, ,  tinha condições de pagar por mais uma propriedade.O que então (e agora) era raro. Ricos eram seus amigos, comerciantes como ele  entre os quais  Giuseppe Parolini   e Felice Laner, como ele  tiroleses  e  influentes nos primeiros tempos da Vila.Vizinho dos poderosos da Comissão de Terras era um deles.Hoje a  casa Amoretti é símbolo de permanência histórica, com  os anos  , parece revigorada,tão  nova como nos dias em que foi construída
Tapera habitada.Hoje
  rua Visconde de Pelotas 
Rua Marechal Floriano.Hoje
Pronta para a demolição.
Ao contrário dela, algumas casas de madeira são anônimas. Abandonadas, quase taperas, mas ainda habitadas. Como ninguém as preserva estão prontas para desabar.Ainda assim são belas e patéticas.  Os exemplos são muitos, elas estão ainda entre nós.

Casa Lucchese .rua Bento Gonçalves.Hoje
 
Exemplo de antiga casa de Caxias.
 Rua. Visconde de Pelotas Hoje
            

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

CASAS DE MADEIRA (2)


Sartori  dormindo .1978
 foto de LAGiron

As velhas casas parecem ter alma .E como tem ! Muitas vezes,quando ando pelas ruas de Caxias  faço um balanço daquilo que se foi e do  que restou. Como ando todo  santo dia  as mudanças ficam poucos perceptíveis. Em algumas  ruas  as transformações são   notórias.Em outras o tempo congelou.A quadra situada entre a Júlio e a Simimbu da rua Borges de Medeiros faz parte das ruas que permaneceram congeladas. Lá o tempo parou  na década de 1940.
O  tempo das casas de madeira se foi. Algumas ficaram de pé e outras apenas  na memória.
 Uma das maiores casas de madeira   da cidade  estava  na  Avenida Júlio de Castilhos,esquina com a Garibaldi,ao lado do Hospital Pompéia . Pertencia a  família Sartori,que era proprietária do lote que hoje constitui o chamado Mato Sartori.Graças a ela,  hoje ainda  existe a única reserva de mata  atlântica no cenrto da cidade.Fosse outra   familia teria aberto uma serraria e liquidado com a mata .Ou quem sabe para ficar mais fácil   venderiam as árvores como lenha e, depois do desastre ecològico ,sempre poderiam  e loteaar o lote.Como fizeram tantas outras famílias.
Na década de setenta, nela viviam três irmãos, mais precisamente duas irmãs e um irmão. Mexendo nas fotos antigas encontrei uma foto da época. Agora se tornou uma janela para o passado. Seu Anúncio  ficava muitas horas sentado em uma cadeira, em frente da janela que dava na rua Garibaldi.Uma  imagem patética.Maravilhoso tempo em que se podia dormir em frente a uma janela térrea sem ser assaltado.
Algumas casas de madeira  foram preservadas   no centro da cidade como a velha casinha que se situa ao lado do Sindicato dos Bancários na rua Bento Gonçalves, da qual desconheço o passado.
Casa de Angeli ,rua Alfredo Chaves .2011

Casa Rech r. .Guia Lopes 2011

Casa Aguzzolli .Ru a Bento Gonçalves 2011

Velha Casa na B. Gonçalves

Outras casas de madeira são paradigmáticas como a dos Aguzzoli sita na mesma rua. Não se pode esquecer a casa dos De Angeli na Alfredo Chaves ,tão bem cuidada como se fosse nova .
O prédio do escritório da empresa Giacomet  na rua Sinimbu sempre bem preservado ,na rua Sinimbu.
 As imagens das casas  falam .Assim, posso poupar as palavras.

escritório da E. Giacomet 2011

  Por  fim a casa Rech na Júlio de Castilhos um modelo do que foi o centro de Caxas na primeira década do século XX.Não foi esgotado o levantamento que realizei não foi esgotado. Faltam muitas a serem apresentadas neste blog aos interessados.Só  espero que não seja para sua demolição.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

CAPELAS:LUGARES DE FÉ ?(2)

Salão paroquial de Loreto SEgunda Légua

A capela no decorrer dos tempos teve como ponto central o cemitério. O cemitério  das capelas é privado ,ao contrário do que acontece nas cidades, onde o cemitério público municipal é o  o lugar público do enterro dos mortos .Assim durante dezenas de anos ,a capela e o cemitério foram espaços  privados conquistados pelos colonos.Espaços privados como privadas eram suas associações .
A causa primeira dessas associações foi a criação dos cemitérios, para enterrar os mortos. Em oficio  encaminhado à Intendência de Caxias um colono  informava que seu avô havia morrido a cerca de 20 anos e seu pai a aproximadamente 10 anos e havia sido enterrado em suas terras.
 O oficio tinha um significado histórico  terrível. Os imigrantes acostumados a enterrar seus mortos com o amparo da liturgia católica, agora enterravam seus parentes como animais , sem assistência religiosa e fora de um campo santo.Os imigrantes nos primeiros tempos não contavam cuidados médicos As causas alegadas de .cerca de 90% dos óbitos  eram  as paradas respiratórias, ou seja sem diagnóstico
A capela foi uma conquista de um lugar para os mortos e um espaço de convivência para os vivos. As festas dos padroeiros era um lugar para encontrar  namorados, e , possíveis casamentos .
As festas dos padroeiros  antigas não eram como as de hoje.Na frente da capela eram arranjados jogos , como a tômbola  ,a corrida de cavalinhos , o jogo de argolas .Onde eram oferecidos prêmios aos vencedores. Em alguns casos no fundo da capela havia um telheiro os homens jogavam bocha.Em uma cova improvisada era assado o churrasco. Os colonos poderiam comprar um espeto de churrasco e comer na sombra das árvores. Muitos iam comer na casa de parentes, compadres ou amigos onde os donos da casa organizavam o banquete. Nada de muito sofisticado. Pois, o que importava era a reunião.
Tudo mudou com a chegada do primeiro bispo de Caxias Dom José Barea,em 11 de fevereiro de 1936. A região colonial italiana  dos Rio Grande do Sul foi  unificada pela Igreja.Com o bispado foi criado o cargo de Cura da Sé,ou seja vigário geral.  O cargo era  importante sob o ponto de vista administrativo.Logo são criadas paróquias e com elas a ação das capelas entram em sua esfera de influência. A organização  das capelas que antes era particular a cada associação tornou-se coletiva.
Em 1943, para Vigário Geral (ou episcopal), foi escolhido o padre Ernesto Brandalise (1943-1967), que antes havia sido pároco de Caxias Uma de suas obras foi a organização das capelas ,não a  sua organização religiosa ,mas contábil e escritural.
             Foram feitas  escrituras de mais de duas centenas de capelas .Coisa difícil porque deveria ser antecedida pelas doações das terras das capelas para a Diocese .
 As doações deveriam ser feitas pelos herdeiros dos antigos proprietários das terras onde foi construída a capela. Foi uma luta .Mas ,enfim ,tudo foi regularizado e a Diocese se tornou a maior proprietária de terras da região com mais de novecentos imóveis registrados.Para as capelas foi decisivo.
 Tiveram inicio as festas nas capelas para angariar fundos para a construção dos salões comunitários .De 1955 em diante eles construídos e com eles as novas festas. Graças à perspicácia do padre Brandalise  elas se tornaram fonte lucro certo para a paróquia e para a  diocese.Os enormes e horrendos pavilhões passaram a ser o centro das festividades ,neles passou a funcionar um bar,onde a bebida e o jogo passaram a ser o grande divertimento .
Grandes salões modernos, cozinhas funcionais e  com fogões industriais e nova estrutura de trabalho  foi organizada . Cozinheiras , churrasqueiros (assadores de carne.) servidores da copa e da cozinha ,uma centenas de garçons improvisados ,de vendedores de rifa .Centenas de pessoas sentam-se a mesa e dezenas as servem . Um desfilar de pratos :saladas, sopa , massas, risoto,  espetos de  churrasco, bebidas e rifas ..Um grande restaurante orquestrado pelos moradores da capela,um grande mercado de especialidades coloniais,um mercado persa de brindes.
 Nos dias que correm os salões das capelas em dias de festa do padroeiro parecem formigueiros.Pessoas demais enchem as entradas, retardatários comprando ingressos . Pessoas demais nas mesas.
O movimento imenso e o barulho de centenas de bocas mastigando, torna o ambiente irrespirável. Com a venda dos ingressos está garantido o lucro ,que não é da capela mas da Paróquias ou melhor dos párocos. E da Igreja. Para a capela o retorno dos gastos e para cada um dos incansáveis paroquianos  um refeição garantida.
.           Os salões comunitários são o retrato econômico da comunidade enormes pavilhões nos quais podem ser servidas mais de 1500 refeições , possuem refrigeradores e   freezer ,fogões industriais, fornos ,churrasqueiras ,panelas ,louças ,talheres e copos para todos .A estrutura de trabalho é outro aspecto interessante, mais de 10 mulheres se ocupam da cozinha e mais de 50 , homens e mulheres, servem as mesas.
Há ainda  o poder político local ,do qual o pároco é parte importante .Há ainda    o domínio das mulheres sobre  as receitas utilizadas nas festas , passadas de cozinheira a cozinheira, de geração em geração ,mantêm o diferencial entre as capelas. O porco assado servido com batatas doces caramelizadas e saladas constitui  o diferencial gastronômico da região.Cada capela se impõe pelo salão e pelo cardápio.


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São João da Segunda Légua
Salão paroquial de São Vigilio Segunda Lègua
 
Santo Antônio de Monte de Becchi
Uma das raras capelas de madeira  que ainda existen.
 Enfim ,faz tempo que a fé parece ter  papel menor nas festas dos padroeiros.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

CAPELAS:LUGARES DE FÉ ?


Igreja de Menino Deus.Imagem da internet .
Uma das muitas subdvisões das sociedades

Tomás Eloy Martinez escreveu um livro sem similar: Evita. A escrita da  história para ele é uma ficção: “ Todo relato é, por definição infiel. A realidade (..) não pode ser contada nem repetida. A única coisa que se pode fazer com a realidade é inventá-la  de novo.”
Nada mais verdadeiro.Ele entendeu como Walter Benjamin  o significado  da escritura da história. Ou seja , a busca de pistas através dos escombros  do passado.
Padre Antônio Gallioto foi iluminado, a seu modo. Pois percebeu a peculiaridade das capelas e seu significado único. Poucos se deram conta do que   elas representaram  para os desvalidos imigrantes,perdidos nas matas das  encostas do Planalto do RS.Mais do que um espaço religioso,um porto n de encontro social  na solidão conquistada com a  nova terra.
Por que começar o texto com personagens  tão distintas ? Simples. O primeiro  apresenta  as dificuldades da  reconstrução histórica e o segundo as pistas para o entendimento do problema. Sem saber, ambos concordavam com  Benjamin  nas  Teses sobre a filosofia da história. Antes de todos, Benjamin  pensou na história dos oprimidos,dos  que não tem voz, dos que não tem documentos.Ficam dessa forma condenados ao esquecimento.Muitos são os esquecidos :escravos, colonos e mulheres calados ao longo dos séculos. A voz dos colonos é ouvida através da  voz da capela.
Melhor voltar ao tema, ou seja as capelas.
As capelas eram e são em primeiro lugar um pequeno templo para a reunião dos associados ..Ao deixarem as  igrejas(algumas magníficas )  de seus padroeiros ,situadas nos lugares onde nasceram na Itália,  os imigrantes precisavam retomar sua vida social. Em seus paesi era a igreja o lugar de encontro,de realização dos ritos de passagem, representados pelos sacramentos(batismo, confirmação eucaristia e casamento e óbito) Na colônia as paróquias eram distantes sendo impossível visitá-las com a frequência exigida pela Igreja.A solução  foi a Capela.
 Em segundo lugar a capela era propriedade de uma associação :a dos moradores de uma pequena  comunidade. Muito antes das associações de bairros os camponeses europeus sabiam como ninguém da força de uma comunidade.. Ter a capela em sua terra fazia(  e faz ) do colono uma espécie de  sócio de Deus, que como tal poderia não só  hospedar o padre como  gerir  a  sua receita .Para isso eram escolhidos os fabriqueiros, que por um ano eram os representantes da comunidade. A renda das festas do padroeiro  servia para a manutenção da construção e melhorias e que com o p assar do tempo de tornam cada vez maiores.Com o tempo maiores se tornaram as festas e,portanto, as rendas. , reunindo mais de  mil pessoas por evento, onde são servidos almoços típicos da colônia.
 Os associados podiam ( e podem )  ainda  manter ou vender os terrenos do cemitério que pertencem aos associados  .O fabriqueiro da capela é o grande beneficiário do sistema.Pode  alugar o campo de futebol , a cancha de bocha e administrar a copa do salão comunitário, onde os homens se reúnem ,nos finais de semana ,para jogar cartas e beber .O dono da bodega da capela era  o dono da  sua receita Assim o poder econômico se faz presente na capela,que o representa.
Mais importante que o fabriqueiro era o dono do lote onde ela  foi construída. Esse de certa forma era o dono . A associação em geral , tinha um  estatuto ,mas os terrenos nunca foram a ela  doados. Assim havia uma ambigüidade pois ela pertencia ( enquanto construção ) ao grupo ,mas,  a terra era propriedade individual. Tal situação gerou conflitos, quando da morte daquele que cedeu ( ou emprestou?)o terreno. Os herdeiros exigiam seus direitos e o lote da capela era um deles.
Muitos foram os conflitos e as disputas entre seus associados Quando alguém se sentia lesado abria sua própria capela. Ser dono de uma capela era  quase, tão importante como ser dono da terra. A cada briga entre famílias uma nova  capela era construída. Como a capela era  poder a organização de uma nova sociedade (esse  era o nome da associação)  e a construção de uma nova capela representava a ascensão social de uma nova família ou de um novo grupo. Menos do que cristã a disputa pelo poder na capela lembarva a ação dae uma  máfia (ou cosa nostra )  avant la lettre.
Capela era um lugar de encontro social e de descanso dos mortos
    Em nenhum outro lugar há mais capelas do que na Segunda Légua da antiga colônia Caxias. Uma das  capelas  é a de São Vigilio, situada no extremo sul do Travessão Trentino .foi construída em alvenaria , possui   vitrais e uma torre , de 4 pavimentos ,adornada com esculturas de anjos, sendo  a mais bela de toda região .Em torno do padroeiro  São Vigilio, bispo de  Trento, se reuniram as famílias Bampi, Berna,Bertottii,Boniatti,Cappelletti,Decoz,Fiamoncini,Fruet,Longo,Lazzaretti,Mezzomo,Marcchesini,Onzi ,Perottoni Polesso, Paniz, Perini e Vitti.
 Dela se originaram-se outras três : a de São João, a de São Martinho e a de Menino Deus . Em 1885 , foi inaugurada a  capela de Menino Deus .reunindo as famílias  Bampi, Boniatti, Cembrani, De Gasperi, Montemezzo, Tonietto

        Em 1885 foi organizada a capela dos Santos Anjos, inicialmente feita em madeira ,estava situada no lote de Vitório Crevellin ,mais tarde foi construída outra, também em  madeira ,na terra de Olivo Cappelletti sendo então erguido a seu lado um campanário de pedra  Foi reconstruída em alvenaria em 1949 ,em  terreno alto e plano ,doado por J.  Perini , possui     belos vitrais ., cercada por jardim ,campo de futebol e pelo salão paroquial.. Seus associados fundadores pertenciam as famílias Cervelin, Broilo, Milesi, Cappelletti, Colombo, Perini De Gasperi, Bridi ,os Slomp e  os Radaelli Situada em local alto domina um dos mais belos vales da região. Brigas entre associados determinou o surgimento de  outras três  capelas ,  a  de São Roque ,  a  da Salete e a de Santo Antônio da Forqueta.


Lembrança da construção da  nova
 capela de Santo Antônio de Forqueta
(1945) que se torna paróquia em 1954 .

Em 13 de junho de 1913  foi inaugurada outra  capela. A de  Santo Antônio de Pádua., situada em Forqueta. Os sócios eram apenas sete:  Joaquim Slomp , José Generosi , José Dalla Justina , Luiz Savegnago , Augustin  Guerra, Mário Novelli e José Silvestre.,provenientes das divisão da de Santos Anjos.
Nova divisão ocorre em 1945 e a  caapela Nossa Senhora da Salete foi construída. Seu fundadores foram  Sestilho Cappelletti, Euzébio Pergher,  Hermenegildo Pergher, José Slomp Filho, João Pedro Perini   e Genoici Valentini.(hoje ao município de Farroupilha.)
A cada subdivisão das capelas o número de  associados se torna  menor.Em lugar das vinte f ,que se reuniam para a organização da capela, o número   baixou para sete  famílias. Algumas das capelas são tão próximas umas das outras, como é o caso da de Santos Anjos e a da Salete,Menino Deus ,São Martinho e São João , que de uma situada no alto pode se avistar as outras.Não  mais que um quilômetro e meio as separam-nas.A medida que as capelas crescem são derrubadas as antigas e construídas novas. Há casos em que as antigas ficam ao lado das novas, como aconteceu em São José da Primeira Légua.
E onde fica a fé?  Muitos tem fé., é claro  Mas muitas vezes a fé foi (e é)  sobrepujada  pelo poder.
  
Capela esquecida. Caxias do Sul
 foto de Felipe Slomp Giron