Àrvores da Praça em 2011 |
Tanto o conteúdo, quando a forma da Praça sofreram modificações no decorrer do tempo. Já foram contados dos muitos eventos corridos ao longo de sua existência. Pouco de se tem dito das suas transformações físicas .Foram muitas ,pois, a Praça como a cidade passaram por reformas que mais do que sociais, antes de tudo ,foram políticas. Assim foi com o Calçadão.
Num momento em que a cidade passava por uma crise devido à estiagem de um lado e de outro ao fim do milagre brasileiro, onde a miséria e a falta d’água se somavam. O Prefeito decide construir um calçadão. Coisa que já existia a alguns anos em Curitiba e que o parecia bom para o Paraná devia ser bom para Caxias .Não era a hora certa ,mas o assunto desviou a atenção da população.
Em 1978, Avenida Júlio de Castilhos foi fechada entre as ruas Dr..Montaury e a Marquês do Herval e ali se fez um pretenso ajardinamento. Não sei o que foi gasto na obras. Os jornais de então não dão conta que o montante de gastos realizados,seria de cerca de 140 milhões de cruzeiros(daqueles multi inflacionados) ..Sem por em dúvida a honestidade dos prefeitos, deve-se destacar que sempre émais fácil gastar o dinheiro dos contribuintes,do que o próprio. Lembro-me de um certo Reitor da Ucs que mandou fazer e desfazer pelo menos por três vezes um pequeno trevo diante do Bloco H.
Projeto da Praça publicado no jornal Tempo Todo em 2003 |
Na praça com o Caladão, foram plantadas algumas árvores.A obra foi mal vista pelos comerciantes. As crianças adoraram o parquinho .O que nem crianças ,nem adultos usaram foi uma espécie de velódromo de finalidade desconhecida que viveu e morreu sem qualquer utilidade.
Manchete de jornal de 2003 |
Praça em 12 de dezembro de 2011 |
Passados 25 anos ,quando o Calçadão já se tornara parte do Centronova reforma. Fim do Calçadão. A Praça passa por outra mudança. A reforma ganha o nome politicamente correto de revitalização. A renovação da Praça agora rebatizada de Dante Alighieri sofreu toda sorte de percalços. Protestos públicos dos ambientalistas, liminar impedindo o corte das árvores. Choro e ranger de dentes pelo destino dos velhos legustres ,tão nocivos á saúde e das roseiras que há mais de uma década estavam mortas e que já não davam rosas. Elas só foram lembradas ao serem arrancadas.
Os ambientalistas enganaram-se ao alegar uma reforma da Praça no ano de 1933 ,pois muitas outras haviam sido feitas ,como as de 1928, 1945 e a de 1978 só para citar algumas . Acusaram a Prefeitura de “ falta de respeito com o patrimônio cultural - ambiental, artístico, urbanístico e histórico, prestando um desserviço à educação, estimulando o descaso para com a história. O motivo foi a derrubada de 60 árvores - 43 ligustros e 17 de outras espécies - na madrugada de sexta-feira. A praça amanheceu como uma floresta dizimada, surpreendendo os caxienses e provocando , em especial em moradores da área central, revolta.” Os mesmos ambvientalistas que calaram com o corte das mais de 600 árvores do Praque da Festa da Uva.Coisas da política?
A Praça em 2003 ganhou manchetse e os jornais incendiaram a opinião pública afirmando falta de sensibilidade afirmando que ” quando não há sensibilidade numa ação que envolve temas tão delicados como meio ambiente e cidadania, essa ausência alimenta a polêmica e estimula reações.” O secretário do Planejamento, Mauro Cirne foi execrado por ter mandado cortar as árvores durante a noite.
Passado o tempo a Praça com a reforma ganhou nova vida, novas árvores e potentes luminárias.Ganhou luz e cor.
O traçado da revitalização da Praça protegeu a reforma de Gobbato e acrescentou alguns novos elementos no antigo desenho sagrado maçônico,sem retirar seu significado .Até o mosaico português foi preservado e acrescido pela reforma ganhou nova cor ,manstendo as linhas do velho desenho. Os dois projetos da reforma da Praça o de 1928 e o de 2003 falam por si. Basta analisa-los O mundo não caiu porque Praça sofreu uma de suas muitas reformas e, que, dadas suas condições atuais não será a última.
Em 2003, Pepe Vargas era o prefeito de Caxias na época da revitalização .Em declarações posteriores ao Jornal Pioneiro, afirmou que a Praça antes dela ” era uma área insegura durante a noite. Além disso, o passeio público não ficou prejudicado, a praça foi ampliada. A circulação de veículos dá mais segurança à noite. Antes, era muito ermo. “
Já o criador do Calçadão Mansueto Serafini , que “ tinha como meta fechar desde a Alfredo Chaves até a Garibaldi, com trechos em apenas uma via” , "destruíram o calçadão e o parque das crianças."
As opiniões políticas podem divergir , mas a Praça continua linda e prenhe de histórias
Mosaicos da praça em 2011 |
Projeto de Reforma da Praça,Gobbato 1928, segundo os principios sagrados maçônicos |
Mosaicos da Praça 2011 |
Desenho do Projeto de 2003. |
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário