Abertura da estrada de ferro ,1908.
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Abertura da estarda de ferro 1908 Foto Mancuso,AHMJSA |
No Brasil o trabalho agrícola ,por quatrocentos anos ,foi realizado pelos escravos. Plantar e cultivar era visto com desprezo pelas elites brasileiras. Plantar era tarefa de negros e de escravos. Os trabalhadores desprezavam os colonos .Os colonos se julgavam superiores aos trabalhadores por plantar e colher em suas próprias terras. Viam com desconfiança os brasileiros que não tinham propriedade e gastavam tudo o que ganhavam .Os dois grupos tinham ideologias diferentes. Os "brasileiros bebiam tudo o que ganhavam enquanto os os colonos não comiam ovo para não jogar a casca fora.. O entendimento entre leses não foi muito fácil. Nos lugares em que havia que passava a construção da estrada de ferro os problemas entre colonos e trabalhadores se agravou. A passagem dos trabalhadores colocando dormentes e trilhos pelos lotes coloniais foi decisiva para o surgimento de conflitos. Os colonos plantavam legumes, cereais e frutas já os trabalhadores da estrada de ferro tento brancos como negros ,não podiam plantar pois seus ranchos seguiam o avanço do traçado da ferrovia.
Os trabalhadores viviam em ranchos construídos próximos das serrarias e da estrada de ferro, ou acampavam próximo dos trilhos . Comparadas aos ranchos dos trabalhadores , as pobres casas dos colonos pareciam ricas. O que separava os dois grupos mais do que a cor era a propriedade.
Enquanto os colonos eram donos da terra,os trabalhadores só tinham seu salário,sendo muitas vezes apenas jornaleiros Mais que uma diferença de cor o que os separava era uma diferença ideológica proveniente da sua classe social. Problema que existe ainda hoje , no clube jogam os proprietários e em botecos r continuam jogando os trabalhadores, não da estrada de ferro mas das empresas locais.
O mundo do trabalho capitalista separa os homens muito mais que o mundo do antigo regime do trabalho escravo.
Ainda assim uma nova época então tem inicio , ocorrendo o que parecia impensável no final do século XIX, as uniões interétnicas Segundo Dall'Alba imigrantes italianas ou filhas de imigrantes apesar da contrariedade dos pais, moças passaram a a casar com brasileiros, com morenos e com negros.
A reciproca não era verdadeira.Os imigrantes ou filhos de imigrantes muito raramente casavam com filhas de brasileiros pobres. Já o casamento com filhas de brasileiros ricos era bem aceito.Esse é o caso de Samuel Guazzelli Filho, nascido em Vacaria em 1895 ,que casou em 1917 com Virginia Duarte .Ela era filha de rico fazendeiro e ele filho de um imigrante italiano de profissão moleiro .
Naqueles tempos,em geral as autoridades eram “brasileiras” e a maioria dos imigrantes sentia-se como cidadão de segunda categoria, excluídos das alta sociedade, formada pelas oligarquias latifundiárias de origem lusa. Basta lembrar que o primeiro prefeito eleito em 1900 de Caxias foi Campos Júnior, natural de São Francisco de Paula.Ele era mulato e venerável maçônico teve vários enfrentamentos com os imigrantes italianos e católicos.As lutas e os incidentes foram ocasionados pelo poder que detinha,do qual os imigrantes eram excluídos enão por sua cor. . Os colonos europeus sofriam a diferença cultural entre a deles e a dos brasileiros .Ainda assim viviam lado a lado.As diferenças não eram por causadas pela cor.
Segundo Faustino Perottoni a colônia de seu pai, foram invadidas pelos cortadores de mato,empregados da serrariaTravi (lote 24 e 25 do Travessão Alencastro) suas plantações roubadas pelos novos moradores da estação. Primeiro cortaram os pinheiros sem pedir licença ,depois roubaram parte da colheita . .Desgostoso Artur Perottoni vendeu sua colônia em lotes e foi morar longe da estrada de ferro.
Os colonos muitas vezes davam tiros de espingarda para espantar os invasores de suas terras e plantações. A defesa ainda que violenta, era uma forma de assegurar a integridade da propriedade.
Segundo lembranças de Dalvo Silvestre, os trabalhadores daquela Travi reuniam-se em Forqueta (distrito de Caxias) numa “bodega” situada além do acesso atual para Salete e Santos Anjos, ali jogavam "bocha" e as cartas. Já os colonos preferiam jogar a bocha na cancha de Joaquim Slomp situada na frente da estação férrea. Entre “colonos” e "brasileiros" estabeleceu-se uma distância espacial até para o entretenimento. A separação foi conseqüência das brigas entre os dois grupos.
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Por outro lado,os imigrante italianos sentiam-se orgulhosos e racista, comparando-se a outras etnias que vivam no Brasil Para eles os brasileiros eram “negri”,ou seja, gente que não sabia trabalhar,que tinham vergonha do trabalho braçal que para eles era mais a mais valorizada de todas as atividades .
Como reação à exclusão da sociedade brasileira a que eram submetidos os imigrantes se fecharam dentro de seu grupo, em o casamentos endogâmicos,costume seguido pelas duas primeiras gerações.
Os afro descendentes após a abolição (1888) buscaram as cidades da Serra,sendo empregados na sobras pública como na construção de represas, abertura de ruas e seu rebaixamento .Foram ocupados na Brigada Militar e ,mais tarde no exército.Foram os negros das baixas patentes que criaram clubes sociais ,como o Clube Gaúcho em Caxias
Como reação à exclusão da sociedade brasileira a que eram submetidos os imigrantes se fecharam dentro de seu grupo, em o casamentos endogâmicos,costume seguido pelas duas primeiras gerações.
Os afro descendentes após a abolição (1888) buscaram as cidades da Serra,sendo empregados na sobras pública como na construção de represas, abertura de ruas e seu rebaixamento .Foram ocupados na Brigada Militar e ,mais tarde no exército.Foram os negros das baixas patentes que criaram clubes sociais ,como o Clube Gaúcho em Caxias
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