SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA FORQUETA
Estação Ferroviária de Forqueta ,foto atual.O prédio que serve hoje como oficina mecânica . data de 1909. |
No seu inicio a história de Forqueta não se
confunde com a de Caxias. Caxias surgiu de uma colônia imperial, Forqueta de uma colônia particular.
As colônias
imperiais eram de responsabilidade exclusiva do
governo imperial brasileiro . O governo do Império dirigia a organização e a administração das colônias, tanto na sua
demarcação como na venda dos lotes para os colonos, na divisão das terras ,no
transporte ,na localização dos
imigrantes, na sua estada nos barracões
nos lotes.O governo central por meio
do Ministério da Agricultura e das Secretárias da Agricultura nas
Províncias distribuía os títulos de propriedade ,bem como controlava a cobrança
das dos colonos.
As colônias particulares eram doações de sesmaria que o imperador fazia para determinado proprietário.O recebimento
das sesmarias era devido a serviços
prestados, amizade com as autoridades provinciais ou poder político regional.
Forqueta nasceu de uma sesmaria que foi loteada e vendida aos interessados. A
chamada colônia Sertorina onde Forqueta se localizava era Luís Antônio Feijó Júnior.
Ele havia recebido do governador da Província três léguas,correspondia a um quadrilátero de l5 quilômetros e 45 de
comprimento.
Feijó Júnior que era
chamado pelos colonos de Conde recebera a sesmaria como prêmio pela entrada que
subira a íngreme encosta do planalto
descobrindo o chamado Campo dos Bugres.Ali os índios faziam corridas e ‘
outonavam’ para usufruir a safra dos
nutritivos pinhões.
As colônias particulares de acordo com a política imperial de terras
ficavam situadas entre as colônias oficiais. Além de premiar seus donos tinham
como objetivo separar os imigrantes que viviam em núcleos próximos. A separação
tinha como meta a segurança provincial.
Se um grupo de imigrantes se revoltasse a rebelião nãos e alastraria para as
outras colônias.
Feijó
Júnior chamou sua gleba de terra de colônia Sertorina, em homenagem ao
presidente da Província Major Dr. João Sertório, que lhe propiciara a doação
das terras
Ao centro a colônia Sertorina de Luís Antônio Feijó Júnior |
Ele era fazendeiro dono da fazenda Estaleiro
situada nos Campos de Cima da Serra. (hoje Bom Jesus). Durante alguns anos
deixou abandonada sua sesmaria,que se situava entre a Quinta Légua da Colônia
Caxias e a Colônia Dona Isabel(Bento Gonçalves).
Em
l88l, Feijó voltou para Caxias verificou
o crescimento da população julgou que estava na hora de explorar suas terras. Organizou
uma empresa para a venda de lotes. Abriu serrarias e olarias.Entra em contato
com as autoridades para que a estrada a ser aberta entre Caxias e Bento passe
pelo centro de suas terras.
Feijó manda abrir picadas para poder
entrar em suas terras e em l883, já eram trinta as famílias de imigrantes que haviam nelas
comprado lotes. Cada vez e maior o número de compradores de lotes na Sertorina.
As linhas vão se povoando e recebendo nomes uma se chama Feijó em homenagem ao
proprietário,outras linhas tomam o nome
de Julieta, São Marcos, Palmeiro, São José .Saber exatamente quantos lotes
foram vendidos é difícil ,mas é possível calcular que sejam cerca de 2500 lotes
,com uma área de aproximada de 25 hectares.
As escrituras de compra e venda
dos lotes da colônia de Feijó são registradas em cartório situado em São Francisco
de Paula. O cartório incendiou-s tendo sido sendo destruídas as fontes para a história da
Colônia Sertorina.
Quando Feijó morre em 13 de setembro de l893 suas terras já estavam
sendo povoadas. O núcleo mais importante era o da Linha Vicenza, mais tarde
chamada de Nova Vicenza(Farroupilha) que em l890, tornara-se distrito do novo
município que então fora criado:o de
Caxias.
Foi nesse mesmo contexto que na Linha
Feijó foi se formando o núcleo de Santo Antônio da Forqueta ,sempre confundida com a Forqueta
Baixa, que era o nome da 1ª Légua da antiga colônia Caxias,que era realmente
uma confluência entre o arroio do Ouro e o rio Cai.
A história de como a família Feijó perdeu as terras que pertenceram a
Feijó Júnior é um capítulo de história
que ainda não foi escrita.
Boa parte desta história se tornou alvo de muita, interesse somos descedente da família e no entanto temos muitas informações passadas pela família um dos fatos mais intrigantes é a queima de um cartório onde Luis Antônio Feijó Junior tinha seus registros onde não conseguiu provar suas terras e foi uma ameaça a sua família dai começou a vender o restante que havia sobrado sendo assim morreu e mais gerações tentarão provar a sua autenticidade como dono de uma das maiores fazendas da serra que é hoje farroupilha mas tem um livro que fala sobre essa matéria.
ResponderExcluirPoderiamos ser milionários muito triste isso se tivesse tempo deveria ir atrás disso tudo.
ResponderExcluir