OS SINDICATOS DA
COMUNIDADE ( 1977 )
Instituto Bruno Segalla. Rua Adrade Neves . Foto 2012 |
A Comunidade Sindical existiu de fato e não de direito
entre 1933 e 1977. Sua legalização ocorreu muito tempo depois coma criação de
uma comunidade assistencialista. Só em 1977, se torna legal a antiga e legítima
união, que reunia os associados sindicatos da União Operária.
De um modo
geral,os sindicatos se espelham no mundo da produção .Na medida em surgem novas profissões novos sindicatos se formam e
na medida em que elas são extintas os
sindicatos deixam de existir. A relação entre profissão e categoria é histórica,
bem como entre produção e trabalho.
VELHOS SINDICATOS
A comunidade
assistencial foi composta por nove os
sindicatos na época de sua fundação, três foram fundados na década de
trinta, dois na década de quarenta e quatro na década de sessenta. (vide QUADRO
Nº 1.) De acordo com a data de fundação pode-se classificar os sindicatos como
antigos e novos. Antigos são os sindicatos fundados antes de 1945 e novos os que foram fundados após essa data. Os sindicatos
antigos participavam da Sociedade União Operária, e os novos iniciaram sua
participação já nos Sindicatos Reunidos. Alguns dos antigos sindicatos deixaram
de funcionar como é o caso dos tanoeiros, dos curtumes e das cantinas. Outros
se separaram. São considerados sindicatos antigos: o dos metalúrgicos, o da
construção e mobiliário e o da tecelagem.
QUADRO Nº 1
SINDICATOS DA COMUNIDADE
SINDICAL 1977
Indicadores
Sindicatos
de trab.
|
Data
de fundação
|
nº.
associados
|
Total
da categoria
|
%
associados
|
Metalúrgicos
|
6/3/1933
|
11.000
|
25.000
|
44%
|
Construção
e Mobiliário
|
6/2/1933
|
5.500
|
12.668
|
43%
|
Alimentação
|
9/12/1945
|
3.000
|
6.000
|
50%
|
Vestuário
|
7/4/1945
|
2.200
|
7.000
|
31%
|
Tecelagem
|
1/5/1935
|
2.000
(?)
|
5.000
(?)
|
40%
|
Vidros e cristais
|
31/1/1969
|
209
|
400
|
41%
|
Oficiais Gráficos
|
29/11/1969
|
300
|
600
|
50%
|
Joalheria
e Pedras Preciosas
|
1970
|
220
|
350
|
60%
|
Fonte: Livro se Atas da Comunidade
sindical
SINDICATO DOS
METALÚRGICOS
O Sindicato dos
Metalúrgicos foi fundado em seis de março de 1933. Reconstruir a história deste
sindicato é bastante difícil, pois, em 1964 ocorreu uma intervenção federal,
então muitos livros foram apreendidos, muitos dos quais não foram devolvidos. O
registro mais antigo existente no Sindicato data de março de 1934 é o Livro de Reunião de Diretoria. Não foi encontrado o
Livro de Atas das Assembleias Gerais.
A primeira
reunião da diretoria registrada é de 23
de março de 1934.Seu Presidente era Adelino Lucatelli. No período foram recebidas muitas propostas de
novos associados, a indústria metalúrgica estava em fase de expansão. Era a
época da produção em série, o aumento da produção acarretava então aumento no
número de operários.
Em 24 de março de 1934, o Sindicato foi recebido na
Federação Operária do Estado do Rio Grande do Sul.
Na reunião da Diretoria,
de 19 de julho de 1934 foi lido um apelo enviado pela União dos
Trabalhadores Metalúrgicos do Rio de Janeiro, convidando o Sindicato
caxiense para formar uma Frente única para reivindicarem juntos
(Ata nº. 14). Só ficou o convite, pois, no período que vai de 1º de setembro de 1934 a 27
de fevereiro de 1937 não foram registradas mais reuniões da
Diretoria.Ou pelo menos os livros foram extraviados.
Em 1937 foram a ser aceitos novos sócios, sendo
elaboradas sete cadernetas para os associados. Neste ano foi
eleito José Piovan para a presidência. É interessante observar que o assunto sobre
o pagamento de joias de $ 3:000 (três mil reis) para menores e mulheres, que fora discutido dois anos antes,foi retomado, como se a reunião se não houvesse acabado..O assunto ficara muito tempo
esquecido.
É provável que no período de 1935 a 1937 o sindicato
tenha ficado acéfalo, pois em cinco de agosto de 1937, foi concedida anistia
para os devedores, pois as mensalidades não haviam sido cobradas.
Em setembro do mesmo ano foi concedido pelo Sindicato um
empréstimo de 50$000 para a construção
da sede da União Sindicalista..Em 1º de fevereiro de 1938 foi eleita uma comissão executiva para dirigir o Sindicato
no período de 1938-1940.Um dos eleitos foi Francisco Abel.
Em abril o Sindicato
dos Metalúrgicos emprestou para a
União Sindicalista a quantia de 500$000, o mesmo ocorrendo em agosto.Em
dezembro de 1938 foi eleito presidente
Arlindo Zuanazzi. Não há explicação dos motivos da saída de Francisco Abel da
presidência.
A partir de julho de 1939 o sindicato dos metalúrgicos
passou a se reunir na sede da União
Sindical, para a qual participara com
1:050$000 que foram gastos na construção
daquela sede.
Em 1º de agosto de 1940 foi nomeado Clodomiro Batista,
para tratar com os demais sindicatos, da dissolução da União Sindicalista, de
acordo com o decreto lei nº 1.402.
As diretorias no período compreendido entre 1934 a 1940
passam a se interessar pelos problemas sindicais dos trabalhadores. A ação
passa a se dar diretamente nas empresas .Contatos foram estabelecidos com a
Metalúrgica Abramo Eberle & Cia em 22 de agosto de 1939para o cumprimento
da convenção de 1º de agosto que previa melhores salários para os trabalhadores
. A reunião não teve o êxito esperado,
não resultando dela um acordo,nem a
obediência da empresa á convenção.
Os operários sindicalizados reivindicavam a dispensa do
trabalho, ao serem eleitos para algum cargo na diretoria do sindicato. Os
entendimentos com as empresas não chegaram a um acordo. Não havendo dispensa do
trabalho ocorreu que os líderes sindicais foram obrigados a fazer uma dupla
jornada de trabalho. Durante o dia trabalhavam nas empresas e de noite tratavam
dos interesses da categoria .Era muito
difícil então participar da diretoria de
um sindicato.O trabalho cansativo do setor metalúrgico impedia uma maior
participação dos trabalhadores no seu
órgão de classe.
Em três de outubro de 1940 foi convocada uma assembleia
geral para a reformulação dos estatutos e da denominação do sindicato, conforme
a exigência da Lei Nº 1.402, de cinco de julho de 1939.
A ação sindical do período
de 1940 a 1964 só pode ser reconstruída através de testemunhos orais. A figura
que dominou a cena sindical em Caxias, no período foi Bruno Segalla, que foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de
1955 a 1964. Em 1955, segundo
Segalla, os sindicatos caxienses, especialmente o dos Metalúrgicos
restringiam-se ao assistencialismo e a problemas de ordem salarial. Os
sindicatos eram considerados estranhos à sociedade, seus líderes dela desvinculados.
Entre 1937 e 1945 reinara o Estado Novo e as lideranças sindicais deveriam se submeter as ordens da ditadura .Em geral vinculados ao poder sendo considerados muitos sindicalistas eram considerados como pelegos da ditadura e cevados pelo governo. Bruno Segalla foi metalúrgico, artista e político nasceu em Caxias,em 1922 sua atividade profissional foi desenvolvida na Metalúrgica Abramo Eberle, onde se aposentou em 1975
Militante do PCB (Partido Comunista Brasileiro )antes de seu ingresso no Sindicato, Segalla participava de trabalho de apoio aos colegas. Durante a Segunda Guerra algumas empresas metalúrgicas de Caxias como A Eberle e a Gazola foram consideradas de segurança nacional e envolvidas na produção para o conflito. A intervenção militar na empresa Abramo Eberle, na qual trabalhava, houve incidentes com o major interventor. A intervenção na empresa foi devida a Segunda Guerra (1939-1945) durante a qual a indústria metalúrgica foi considerada de segurança nacional. A administração de cada empresa ficou sob a direção de um interventor militar. O interventor da Abramo Eberle resolveu terminar com os feriados municipais, tendo Segalla tomado uma posição contrária. Foram presos por dez dias alguns operários que se opuseram a ação do interventor.
Entre 1937 e 1945 reinara o Estado Novo e as lideranças sindicais deveriam se submeter as ordens da ditadura .Em geral vinculados ao poder sendo considerados muitos sindicalistas eram considerados como pelegos da ditadura e cevados pelo governo. Bruno Segalla foi metalúrgico, artista e político nasceu em Caxias,em 1922 sua atividade profissional foi desenvolvida na Metalúrgica Abramo Eberle, onde se aposentou em 1975
Bruno Segalla (1922-2001) Foto Internet |
Militante do PCB (Partido Comunista Brasileiro )antes de seu ingresso no Sindicato, Segalla participava de trabalho de apoio aos colegas. Durante a Segunda Guerra algumas empresas metalúrgicas de Caxias como A Eberle e a Gazola foram consideradas de segurança nacional e envolvidas na produção para o conflito. A intervenção militar na empresa Abramo Eberle, na qual trabalhava, houve incidentes com o major interventor. A intervenção na empresa foi devida a Segunda Guerra (1939-1945) durante a qual a indústria metalúrgica foi considerada de segurança nacional. A administração de cada empresa ficou sob a direção de um interventor militar. O interventor da Abramo Eberle resolveu terminar com os feriados municipais, tendo Segalla tomado uma posição contrária. Foram presos por dez dias alguns operários que se opuseram a ação do interventor.
.Foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos entre 1955 e 1964, período
de grande crescimento do movimento operário tanto nacional como local. Após sua
aposentadoria passou a produzir em atelier,no andar térreo de sua casa situada na esquina da rua Pinheiro Machado com a
Andrade Neves.Durante a Ditadura Militar (1964-1988)
foi preso .A entrevista que serve de base para a pesquisa foi realizadas em 1º
de novembro de 1982.A entrevista resultou em quatro horas de gravação , que com
as bruscas e constantes mudanças da tecnologia acabaram se perdendo.
Morreu no dia 14
de agosto de 2001 deixando vários monumentos que decoram a cidade. Como o Gigia
Bandera e o Jesus do Terceiro Milênio.
Hoje há na cidade há uma fundação e o Instituto que levam seu nome. Foi considerado
o maior gravador em metal da América Latina, existindo poucos especialistas no
mundo com sua habilidade. São os relatos de Segalla que contam a história do período,
sobre o qual não existem livros,.
O fato de Segalla ser gravador e artista conceituado deu-lhe condições que os outros líderes sindicais não possuíam
O fato de Segalla ser gravador e artista conceituado deu-lhe condições que os outros líderes sindicais não possuíam
Monumento à Luiza Eberle , a Gigia Bandera (Luiza Funileira) obra de Segalla de 1996. Foto 2012 |
“Quando a
capacidade intelectual das lideranças em geral era reduzida, com raras exceções.
Dada seu pouco conhecimento faziam o jogo dos patrões, havendo casos extremos de
líderes sindicais que convocavam as assembleias, mas elas não compareciam.
As assembleias dos trabalhadores metalúrgicos eram realizadas
em cinemas locais, como o cine Apolo, das quais participavam representantes dos
patrões e até os próprios patrões. Participar dessas assembleias requeria coragem.
Pois poderia resultar em punições e demissões nessa época os sindicatos eram
mal vistos pela sociedade,só “ dois ou três gatos pingados participavam das
manifestações públicas.” Dizia-se então
que era “a negrada” que compunha a categoria sindical.
A primeira vez que realizei um discurso público foi na
comemoração do dia do Trabalho em primeiro
de maio,em suas palavras ainda não tinha
assumido sua “cara de dirigente “sindical” constituindo esse fato “uma traição
a raça e aos costumes dos imigrantes” pois, participaria de uma organização ao lado da “negrada”. Foi
sua decisão mais difícil a de assumir a
posição de dirigente sindical. Havia
naquela manhã de primeiro de maio de 1955, mais pessoas sobre o correto , armado defronte a Estátua
da Liberdade, na Praça Rui Barbosa do
que na assistência.
Na opinião do líder metalúrgico de então o movimento
sindical adquiriu um novo caráter, passando a ser levantadas questões políticas
e econômicas nacionais e não só aquelas do interesse exclusivo dos
trabalhadores. Questões como a reforma agrária e a política salarial passam a
ser assuntos das assembleias gerais dos sindicatos.
Este desdobramento da ação sindical se prolonga até 1964.
Após a revolução o movimento sindical voltou apenas para o assistencialismo.
Foram realizados congressos gigantescos do movimento
operário, sendo que a base programática desde os salários até a luta contra os
monopólios estrangeiros, reformas de base e a luta pelo nacionalismo.
.
Foram realizadas de 1955 a 1964 vários movimentos paredistas
parciais, dentro das empresas metalúrgicas de Caxias do Sul. Paralelamente o
dirigente foi eleito duas vezes vereador e uma vez concorreu a deputado estadual,ficando
como suplente.
Somava-se ao movimento
operário o político reivindicatório. A
atuação na Câmara de Vereadores foi de molde a levar para dentro do legislativo
as lutas operárias. Pertencente ao Partido Comunista, estando este na
ilegalidade, os partidos pelos quais concorreu representavam apenas uma legenda
para a suas lutas.
O desenvolvimento do movimento sindical em Caxias do sul
esteve vinculado ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) apesar desta ligação não
ser direta, o advogado do sindicato Dr. Percy de Abreu e Lima, Ernesto Bernardi
e Bruno Segalla eram vinculados ao
Partido Comunista.
Os sindicatos reunidos tornaram-se um centro polarizador
dos políticos que passavam pela cidade em busca de apoio popular. Políticos
como Janio Quadros, Leonel Brizola passaram pelo sindicato. Altas autoridades
da administração dos órgãos previdenciários passaram pela sede do sindicalismo,
os líderes sindicais reivindicavam e conseguiam que suas exigências fossem
atendidas.
O trabalho conjunto era facilitado pelo fato
de estarem os sindicatos reunidos em uma mesma sede. Reuniões diárias entre as diversas categorias garantia uma
linha de ação conjunta. Os sindicatos realizavam trabalhos nos bairros,
discutiam os problemas nacionais. Era realizada campanha permanentes junto aos bairros, sendo
esta sistemática, mais tarde, utilizada pelos políticos.
Quando ocorreu a Revolução de 1964, e a intervenção federal, Bruno Segalla foi submetido
a inquérito policial militar (IPM). Foi acusado
de ter desviado fundos do sindicato, sendo divulgada uma nota oficial que
afirmava que Segalla havia desviado Cr$ 800.000,00. Permaneceu preso durante 60
dias, submetido a julgamento,mas foi
absolvido.
No período em que liderou a categoria não eram promovidas viagens para líderes
sindicais aos Estados Unidos. Segalla participou de Congressos Internacionais
na Alemanha Oriental, na Tchecoslováquia, tendo visitado como convidado a URSS.
O movimento Nacional havia conseguido desalojar do CNTI o
pelego, no dizer de Segalla, Diocleciano de Holanda Cavalcanti, que permaneceu
no poder desde a época da ditadura de Vargas, tendo assumido seu lugar vultos
de expressão nacional, e os líderes caxienses tiveram nesta atuação marcante
ação.
Segundo Segalla “levou dez anos terminando a greve e
insuflando-a em cada dissídio coletivo. Tendo conseguido pleno êxito em 1963,
agrupando 95% da categoria.”
Após a Assembleia os metalúrgicos faziam passeatas,
deixando a sede do sindicato terminando-as defronte a Estátua da Liberdade. Era
uma forma de demonstrar a força do grupo, pois nesta época as assembleias
gerais, ao contrário do que ocorre hoje, eram extremamente concorridas.
Segalla, dessa forma, estabeleceu uma distinção entre os
líderes sindicais após 55 e ao anteriores. Esse se prende ao fato de serem
tanto ele como Ernesto Bernardi, profissional conceituados de reconhecida
competência. De certa forma esta competência constitui-se num elemento
distintivo que deu mais força ao movimento.
.
Na época da Revolução e 1964 foram presas cerca de 20
pessoas, destas a maior parte pertencia as diretorias dos sindicatos e que
trabalhavam junto a eles. Foram presos o Dr. Percy de Abreu e Lima, advogado
dos sindicatos, Dr. Henrique Ordovaz, médico dos sindicatos, Amin Damian,
secretário do sindicato dos metalúrgicos e muitos outros.
Em 9 de abril de 1964 ocorre a intervenção federal nos
sindicatos Reunidos. No Sindicato dos Metalúrgicos foram extintos os mandatos
de toda a diretoria, de seus delegados e representantes até o término da
intervenção, quando seria eleita nova diretoria. A intervenção no Sindicato é
realizada pelo General Itacyr da Rosa Cruz, com a finalidade de supervisionar,
manter
serviços, ratificar decisões
ou afastar servidores.
O interventor nomeou
diretores que eram Alcides Klaus, Martinho Portolan, Etelvino Sachet, Roberto
Chust e Olisses Guerra, estes diretores deveriam verificar o caixa, apurar
irregularidades e dar continuidade ao serviço. Esta nomeação ocorre em 15 de
abril de 1964.
Foi nesta ocasião que,
segundo Bruno Segalla, o interventor lançou uma nota declarando que o líder
sindical demitido e preso, teria usurpado a quantia de CR$ 800.000,00 dos
fundos do sindicato. Contra Segalla nada foi constatado, tendo inclusive um
crédito a receber.A liderança de Segalla não teve contestadores. Sua ação não se limitava ao acerto com os patrões, o movimento sob sua direção ganhou as ruas: pichamentos, passeatas e alto-falantes foram utilizados para conseguir que sua reivindicações fossem atendidas
Segundo testemunhas que vivenciaram a intervenção a
confusão armada foi tamanha que os líderes sindicais, com exceção dos do
sindicato dos metalúrgicos, foram instados a retomarem seus postos.
Assim, a rotina foi reassumida nos diversos sindicatos. A
intervenção se mantém até o dia 29 de junho de 1964, quando é suspensa. O
sindicato dos metalúrgicos ficará entregue à diretoria nomeada em 15 de abril
de 1964.
O trabalho do sindicato transcorre normalmente. Foi
realizado um dissídio coletivo em 19 de outubro, sendo aceita uma redução de 85%
sobre o solicitado pela classe. Em dezembro foi nomeado um Conselho Fiscal ad referendum
para apreciar as contas do exercício.
A diretoria nomeada permanece até 26 de setembro de 1965.
Sobre a atuação dessa diretoria , os depoimentos são unânimes, realizou bem seu trabalho.
É interessante observar que os companheiros julgaram natural terem colegas sido
nomeados, alguns inclusive julgaram sua atuação digna de elogios.
A nova diretoria eleita era composta por Antonio Olivo
Frigeri, Inácio da Silva e Romeu Pieruccini. Empossada em 12 de outubro de
1965, não realizou o mesmo tipo de trabalho que as anteriores a 1964.O medo faz milagre em prol da pacificação das classes.
A ação do sindicato, porém, sob o influxo recente de seu
dinamismo, anterior a 1964, não termina de foram abrupta. Assim no dia 15 de
junho de 1966 foi realizada uma assembléia geral com o objetivo de discutir o
dissídio salarial. Cerca de 1.308 associados participaram da assembléia, o
pequeno auditório da antiga sede ficou totalmente lotado. Os presente
constituíam 1/3 da categoria e decidiram-se pela greve. Da Assembléia participaram além da diretoria o Dr.
Antonio Carlos Bonet Nunes, Promotor Público designado pelo procurador regional
do Trabalho, Dr. José Antonio Ponzi, consultor jurídico do sindicato, e um
representante do governador do estado Ildo Meneguetti que gestionou para que o
movimento grevista não se concretizasse.
Em 28 de março de 1968 foram escolhidos como vogal e
suplente Romeu Pieruccini, Olivio Friegeri e Inácio Silva. A acomodação se processou com uma precisão milimétrica. As
Assembléias se esvaziavam e o poder foi único elemento que fez com que grupos
disputem os cargos nas eleições.
Congraçamento na Eberle 1941.Reunindo patrões eoperários AHMJSA |
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