Chiera grapovertá
Nostri padri
la abiam lasciá
 FAMÍLIAS
&  HISTÓRIA 
            Histórias
de família  são pequenas ( ou grandes)
obras,  que relatam  sagas familiares,.História comuns de pessoas
que deixaram sua pátria, em geral premidas, pela pobreza.  As 
histórias de família, contam a 
trajetória  de imigrantes  italianos, a 
sua vida a de seus filhos e netos e estabelecem   a 
árvore genealógica  do grupo
familiar . As histórias de família escritas entre 1975 e 2002,  nos municípios formados a partir da
fragmentação administrativa das antigas colônias :Caxias, Dona Isabel ,Conde D’
Eu ,  Alfredo Chaves e Antônio Prado ,ou
seja da   antiga Região  Colonial Italiana do Rio Grande do Sul(RCI)
.  Observa-se que a data da publicação
das obras, nem sempre  corresponde é
a  sua 
produção, que pode ser mais antiga, o que amplia   o seu recorte temporal da primeira  metade 
até o  inicio do século XXI.
As histórias de família
são fontes para o conhecimento dos mitos, crenças e da ideologia do grupo dos
descendentes de colonos italianos, através das quais é possível acompanhar a
criação da sua identidade. Segundo o levantamento realizado o mais antigo livro
de família parece ser História da Família Bordignon (BORDIGNON,1975). Mas
há uma obra anterior datada de 1943 que foi encomendada por Abramo Eberle ,
conta  a historia familiar centrada na
figura do homenageado ,então maior industrial da cidade. 
RELAÇÃO DAS  HISTÓRIAS
DE FAMÍLIA ANALISADAS 
 Autor 
 | 
  
Obras  
 | 
  
Local 
 | 
  
data 
 | 
 
1. Álvaro Franco 
 | 
  
Abramo já tocou 
 | 
  
Porto Alegre 
 | 
  
1943 
 | 
 
2.  Pio Vitório Galleazzi 
 | 
  
Galleazza: emigrante italiano
  conta sua história 
 | 
  
Porto Alegre 
 | 
  
1975 
 | 
 
 3. Pe. Félix Buzzata e outro 
 | 
  
Um pioneiro em novas colônias
  italianas. Imigrante Mateus Dal Pozzo 
 | 
  
Porto Alegre 
 | 
  
 1976 
 | 
 
4. Padre Félix Fortunato
  Busatta 
 | 
  
Arvore transplantada da Itália
  para o Brasil 
 | 
  
 Porto Alegre 
 | 
  
1978 
EST  
 | 
 
5. Pe. João Leonir Dall’Alba 
 | 
  
Os Dall’Alba-Cem anos de Brasil
   
 | 
  
Porto Alegre 
 | 
  
1984 
 | 
 
.6.Luciano Bresolin 
 | 
  
Imigração Italiana: os Bresolin 
 | 
  
Caxias do Sul 
 | 
  
1984 
 | 
 
7. Alice Gasperin 
 | 
  
Vão simbora- Relatos de
  imigrantes italianos da colônia Princesa Dona Isabel, RS. 
 | 
  
Porto Alegre 
 | 
  
1984 
 | 
 
.oito.Alvise Antonio Mezzomo 
 | 
  
Centenário de imigração da
  família Mezzomo 
 | 
  
Porto Alegre 
 | 
  
  1986 
 | 
 
.9.Nelly Veronese Mascia 
 | 
  
De um imigrante nasce um
  químico 
 | 
  
Caxias do Sul 
 | 
  
1987 
Da Autora 
 | 
 
.11.Ângelo Ricardo Costa Milan 
 | 
  
Homens e Mitos na História do
  Caxias  
 | 
  
Porto Alegre  
 | 
  
1989 
 | 
 
12 Geraldo Farina 
 | 
  
Reencontro 
 | 
  
Bento Gonçalves 
 | 
  
1989 
 | 
 
 13.Oscar José Carlesso 
 | 
  
 A sonhada América:Os Carlesso em Santa Maria
  1878-1988 
 | 
  
 Porto Alegre 
 | 
  
1989 
Posenato Arte  cultura 
   
 | 
 
.14. Paulina Soldatelli Moretto 
 | 
  
A caminhada dos Soldatelli 
 | 
  
Caxias do Sul 
 | 
  
1991 
 | 
 
15.Remi Antônio Baldasso 
 | 
  
História da família de Pedro
  Baldasso 
 | 
  
Carlos Barbosa 
 | 
  
1992 
 Autor 
 | 
 
 16.Ivo Martinazzo  
 | 
  
Colônia Santa Maria da
  Soledade; A Família Martinazzo 
 | 
  
 Porto Alegre 
 | 
  
1992 
EST  
 | 
 
17.Aureo Bertelli 
 | 
  
O Livro dos meus 
Família Bertelli 
 | 
  
São Marcos 
 | 
  
1994 
 | 
 
 18.Armando Luiz Bortolini 
 | 
  
Bortolini :Canello, Grécia,
  Marsura 
 | 
  
Porto Alegre  
 | 
  
1995 
Evangraf 
 | 
 
. 19. Francisco Gialdi  e outro 
 | 
  
Memorial da Família Gialdi 
 | 
  
Porto Alegre 
 | 
  
1995 
EST  
 | 
 
.20.José A.Ribeiro  Bon Giovanni 
 | 
  
Bongiovanni-Tremea;Raízes
  resgatadas  
 | 
  
Caxias do Sul 
 | 
  
1996 
 | 
 
 21.João Leonir B. Dal ‘Alba e outros 
 | 
  
Pioneri in Brasile  Ballardin – Fameia emblemática  
 | 
  
Porto Alegre 
 | 
  
1997 
EST  
 | 
 
.22.Dario Perondi e outros 
 | 
  
 Família Perondi 120 anos no Brasil 
 | 
  
Caxias do Sul  
 | 
  
1998 
Maneco  
 | 
 
.23.Monsenhor Antônio  D. Lorenzatto 
 | 
  
A família Lorenzatto-Cassela No
  Brasil 
 | 
  
 Porto Alegre 
 | 
  
1998 
Santa Maria Artes Gráficas  
 | 
 
24. Pedro Locatelli 
 | 
  
Família Locatelli  
 | 
  
Porto Alegre 
 | 
  
1998 
EST  
 | 
 
25.Maria de Fátima D. S. .Zardo 
 | 
  
Do outro lado do Rio 
Família Dall’Onder 
Memórias 
 | 
  
Bento Gonçalves 
 | 
  
1999 
 | 
 
26. Geraldo Mainardi 
 | 
  
Os Mainardi no RGS 
 | 
  
Porto Alegre 
 | 
  
1999 
 | 
 
27.Ely José Chiaradia Andreazza 
 | 
  
Breve História e genealogia da
  família de Antônio Chiaradia  
 | 
  
Caxias do Sul  
 | 
  
2000 
 Autor 
 | 
 
28.Nair Bavaresco 
Zenaide B. Zanini 
 | 
  
A família Bavaresco na
  travessia do tempo 
 | 
  
Porto Alegre 
 | 
  
2000 
EST  
 | 
 
29.Lino Bortolini 
 | 
  
Fatos e Retratos : Dados
  históricos ,memórias e a descendência do casal Antônio Bortolini e Emília
  Bertoldi 
 | 
  
Curitiba 
 | 
  
2000 
 Champagnat  
 | 
 
.30.José Victorio Piccoli 
 | 
  
Piccoli 
 | 
  
Caxias do Sul 
 | 
  
 2001 
 | 
 
31.Floriano Molon 
 | 
  
Molon História de uma família 
 | 
  
Porto Alegre 
 | 
  
  2001  
 | 
 
 32.Ambrósio Giacomini 
 | 
  
Família Giacomini; História e
  genealogia 
 | 
  
Porto Alegre 
 | 
  
2001 
EST  
 | 
 
33.Celso Agostini 
Beatriz L. Bortolini  
 | 
  
Doces Lembranças 
 | 
  
Garibaldi, 
 | 
  
 2002 
 | 
 
. 34.Adriane Tomasin De Toni 
 | 
  
 Família De Toni Uma civilização no novo
  Continente 
 | 
  
Porto Alegre 
 | 
  
2002 
EST  
 | 
 
35 Frei  Gentil Costella 
 | 
  
Costella- Matiello: Uma
  presença ítalo brasileira 
 | 
  
Porto Alegre 
 | 
  
1980 
EST 
 | 
 
 36.Flávio Bolzan 
 | 
  
Bolzan 
 | 
  
Porto Alegre 
 | 
  
2002 
EST  
 | 
 
. 
IDENTIDADE & CONTROVÉRCIAS
É por meio da diferenciação social  
que essas classificações da diferença 
são vividas nas relações sociais. Woodword
Há palavras cujo sentido
está sendo reinventado continuamente,  há
palavras polissêmicas e com tantos significados e tão diferentes uns dos outros
que apontam para  uma impossibilidade
de  consenso na sua conceituação  .A palavra identidade parece uma delas, e o que é mais interessante ,ela
também  sofre um problema de crise  de identidade.
             No decorrer do tempo o sentido de identidade
passou por várias mudanças   desde
Aristóteles até os dias de hoje. De 
forma geral  foi usada como
contraposição à  diferença;. 
Identidade vem
do latim idem que significa igual , na lógica formal é representada
por A = A , portanto nada de muito profundo. A questão se complica quando se
diz Eu = Eu, já que então ocorre a duplicação de um único ser,ou seja do  eu. 
Santo Tomás de Aquino,seguindo
o Filósofo, atribui a identidade  o  mesmo sentido que unidade.  A unidade apresenta para ele  vários sentidos:  formal ( de gênero) ,o da simplicidade
(quando há  um só   ser ) e o universal ( proveniente da razão,)  Foi usada na escolástica para distinguir o
igual do diferente.(AQUINO  1981 p  114)
 Tal entendimento que acompanhou a escolástica até
os tempos modernos, foi reformulado por Hegel, tornando-a parte fundamental da
doutrina da Essência,   que indica
identidade numérica, (como 2=1+1 ), mas 
nas hábeis mãos de Hegel pode ganhar condições qualitativas,  ou seja 
como  igual identidade está  em outro ser. 
Por exemplo   semente = árvore,
onde na primeira estão implícitas as  qualidades da segunda. (INWOOD 1997 p 73 ).
Ele interpreta a asserção de que uma coisa é abstratamente auto -
idêntica no sentido de que é totalmente contida em si  e não envolve qualquer diferenciação em seu
interior mas uma coisa desse tipo é vazia e indeterminada e só na medida em que
se relaciona ativamente com o outras coisas e se diferencia destas, e no
processo de diferenciar-se de si mesma, que uma entidade adquire uma natureza
determinada. O seu modelo de o Eu = Eu =Eu como tal é vazio só adquire conteúdo
ao voltar a si do outro.
.Desta forma, a
identidade só pode existir  se
houver  a diferença, já que só
diferenciando-se uma das outras,    ganha 
sentido de igual por meio da comparação.Assim  distinguindo-se  de outros que possuem outras características,
e, portanto, outra identidade. A identidade só existe em função da diferença.
A identidade torna-se
fundamental para classificação, das espécies de seres vivos ou não, nas ciências
naturais. É  difícil  imaginar uma ciência, como a botânica por
exemplo, que não estabeleça 
critérios  de semelhança  tanto de gênero, como de espécie em suas
classificações .Tais critérios traçam a identidade de determinadas plantas . 
.As classificações que
parecem ser atos simples de taxinomia, apresentam algumas dificuldades. Segundo
Hegel,  apresentam  um duplo problema:  são  
estabelecidas  a priori, e nela se procura  encaixar a realidade , ou são estabelecidas
a  partir da realidade através da qual se
cria a classificação. No primeiro 
caso  os critérios são
estabelecidos  antes de ser  verificada a realidade,  no segundo se corre o risco da criar uma
classificação marcada pela particularidade. Pela dialética deveria haver um
duplo movimento: que partindo da realidade traçasse os critérios, e depois
voltando a ela com critérios já 
verificados, fizesse uma nova leitura do real. Desta forma o movimento
permitiria uma classificação sempre adequada a 
realidade à qual de destina.
No século XIX após a revolução que causou entre os
cientistas  a publicação, em 1851, da Origem das Espécies, de Charles Darwin, 
uma nova   classificação deveria
ser buscada ,até mesmo para os homens 
antes considerados “como imagem e semelhança de Deus”. Foi então
iniciada a busca para encontrar a semelhança do homem com outras espécies,
estabelecendo sua família, e a  procura
sempre adiada  ao    elo
perdido, ligando homem e primatas. Estava posta em causa a identidade
através da diferença 
A busca de uma classificação para as diferentes espécies
de homens deu origem a teorias racistas. Os critérios de classificação traçados
a priori - não podiam ser testados, -
partiam do pressuposto que havia desigualdades entre os homens. As desigualdades
e diferenças  foram traçadas pelas
diferenças externas  existentes  entre os homens:  como :a 
cor da pele, dos olhos, tipo do cabelo , e ainda  qualidades morais e éticas, ou o  domínio ou 
não de  tecnologias .
Assim
a crença na existência da diferença entre
os grupos de homens levou a crença na existência de  uma 
raça superior ,  baseada não só
nos atributos físicos, como  também  nos 
culturais.  Foi o critério de
diferença  racial e  na crença na superioridade europeia, física
e  cultural, que  justificou a 
dominação ocidental  sobre as
culturas consideradas  inferiores, eram
os critérios europeus  que  mediam as diferenças culturais. Entre os
europeus e os nativos do Velho e do Novo Mundo.    
O dominador era quem observava, julgava ,media e
classificava como inferior o dominado. Os europeus donos da razão, diante
irracionalidade dos nativos  podiam submetê-los
,baseados nas diferenças.  Tais
diferenças foram as bases do 
colonialismo europeu,  e do
genocídio dos povos  ditos “selvagens “.
Hitler no século XX, levou as últimas consequências a
doutrina da  superioridade racial ariana.
Sua posição não era isolada, pois se baseava nas  teorias “científicas” aceitas  pela comunidade cientifica  da época. Pois ” é nos arianos –raça que
é  e 
foi o expoente da Humanidade –que se verifica isto com maior clareza.”,
porque   dominavam as artes e  as grandes invenções, enquanto nada disto
possuíam as raças inferiores , como latinos, judeus e ciganos. Da mesma maneira
que.foi a crença no superioridade   racial  que 
justificou a guerra dos superiores
e o genocídio  dos inferiores (HITLER 1941 p 251). Como nos séculos  XV e XVI havia sido  justificado o colonialismo.
Os desmandos e a barbárie propiciados   na 
crença  da superioridade racial,
terminada a Segunda Guerra parecia que já 
não podiam subsistir. Novos critérios de diferença - nem tão novos
assim- foram estabelecidos pela Antropologia 
baseados não mais diferenças físicas mas nas  diferenças culturais.
.
No mundo atual (pós-moderno para alguns) muitos foram os possíveis caminhos
para determinar o futuro das diferenças de identidade e outros tantos para
entender a “identidade” Neste inicio de milênio, aparentemente, o  domínio da raça ou da cultura superior foi
retirado da cena.A identidade dos diferentes
grupos étnicos ( modo  pós- moderno para
raça) passou a  ser a garantia de cultura
semelhantes. Tal identidade mantêm pelo menos uma  grande 
diferença, já que  diferentes
são  as estruturas do “pensamento
selvagem” e a do pensamento “racional” e científico dos brancos.
.Os novos
critérios  são estabelecidos para
determinar a  identidade como: a língua,
o  imaginário coletivo, as representações
e os mitos fundadores. Tais linhagens 
teóricas que problematizam o conceito de identidade podem ser assim sintetizadas
: 
Os teóricos do “hibridismo”
(BHABHA1994), do “transnacionalismo, ”(GILROY,1992), das fronteiras
evanescentes (ANZALDÚA,1987), da “subalternidade” (SPIVAK 1996), da “subversão
e transgressão” (GROSSBERG,1996), das zonas de contato e rotas (CLIFFORD,1997)
–enfim todos aqueles que problematizam  o
conceito de identidade..” (RAJAGOPALAN  
2002 P. 77) 
            Essas  explicações 
que procuram escapar do relativismo e, muitas vezes,  acabam caindo em um  “essencialismo estratégico” (.)  pois 
“atendem a metas ideológico políticas interessantes e, portanto devem
ser cultivadas”.(IDEM).
A aparente
diversidade de critérios e de sentidos 
atribuídos à  identidade  podem ser reduzidas a duas grandes  facções: a dos defensores da pragmática
e  os do ético-política, ambas  descartam os antigos critérios  de identidade baseados na  raça ou na 
cultura.Nem acreditam que a identidade seja  um  fato natural. Mas apenas um constructo ,
Porque as identidades são construídas dentro e não fora do
discurso que nós precisamos compreendê-las como 
produzidas em locais históricos e institucionais específicos ,no
interior de formações e práticas discursivas específicas de poder e são, assim
mais o produto demarcação da diferença e da exclusão do que o signo de uma
unidade idêntica, naturalmente constituída, de má “identidade” em seu
significado tradicional- isto é, uma mesmidade que tudo inclui, uma identidade
sem costuras, inteiriça, sem diferenciação interna.(SILVA ,: Vozes , 2000. p.81
)
Ao reconhecer
que a identidade é construída dentro do discurso em determinados tempo e lugar
e tem sentido de afirmação de um determinado grupo, que busca o poder e a
inclusão. ovos são os critérios de demarcação, especialmente em tempos de
globalização, já que segundo  Woodword :
   A
globalização, entretanto, produz diferentes resultados em termos de identidade.
A homogeneidade cultural promovida pelo mercado global pode levar ao
distanciamento da identidade relativamente à comunidade e a cultura local, de
forma alternativa, pode levar a uma resistência que pode fortalecer e reformar
algumas identidades. (WOODWORD 2000 p.21) 
Tais
modificações estão em curso, sendo difícil prognosticar  seu 
futuro, em relação à manutenção ou extinção das identidades regionais.
De qualquer forma  os conceitos
certamente estão mudando, e na atualidade, até os seguidores da pragmática tem
dificuldade em remeter a  semelhança e a
diferença  apenas a processos discursivos
e linguísticos, passando a adotar o conceito 
de “performatividade” de Austin que remete à concepção da identidade
como  movimento e transformação. (SILVA,
2000 P.73)
         Já o
grupo  ético – político  define a identidade como uma construção, não
só teórica como também real. .Afirmando que: “as identidade são fabricações,
formas que a vontade política é capaz de criar: o que importa é examinar a
serviço de que elas se forjam” 
 A afirmação da identidade e a enunciação da
diferença traduzem o desejo dos diferentes grupos sociais ,assimetricamente
situados, de garantir o acesso privilegiado aos bens sociais. A identidade  e a diferença 
estão ,pois, em estreita conexão com as relações de poder. O poder de
definir a identidade e de marcar a diferença não pode ser separado das relações
mais amplas de poder. A identidade e a diferença não são, nunca inocentes. (GONDAR  2002 p.115) .
Podemos dizer que onde existe a diferenciação- ou seja,
identidade e a diferença- aí estão presentes o poder. Há ,entretanto, uma série
de outros processos que traduzem essa diferenciação ou   que com ela guardam estreita relação. São
outras tantas marcas da presença do poder :encrue(“estes pertencem, aqueles
não) ;demarcar fronteiras (“nós” e “eles”), classificar (bons e maus puros e
impuros; desenvolvidos e primitivos;   
“racionais e irracionais”) SILVA ,Tomaz Tadeu da. A produção social da
identidade e da diferença.( SILVA.,, 2000. p.81 )
                                                           Assim como a identidade depende da diferença, a
diferença depende da identidade, Identidade e diferença são, pois, inseparáveis.
“Em geral consideramos a
diferença como um produto derivado da identidade. Nesta perspectiva, a
identidade é a referência, é o ponto original relativamente   ao qual de define  a diferença. Isso reflete a tendência a tomar
aquilo que somos como sendo a norma pela qual descrevemos ou avaliamos  aquilo que não somos .Por sua vez, na
perspectiva  que venho tentando
desenvolver, identidade e diferença são mutuamente determinadas.(Idem)
         . Ao que
tudo indica a construção da identidade na região colonial  é similar a que levou a  construção da identidade do gaúcho. Assim, se
parte  da hipótese que a construção da
identidade do colono e a do gaúcho  tem a
mesma origem e função.
Em síntese pode-se afirmar que 
Precisamos
vincular as discussões sobre identidade a todos aqueles processos e práticas
que tem perturbado o caráter relativamente” estabelecido “de muitas populações
e culturas: os processos de globalização, os quais, eu argumentaria, coincidem
com modernidade (Hall, 1996) e os processos 
de migração forçada (ou” livre “) que tem se tornado  um fenômeno global do assim chamado
mundo  pós-colonial.  As identidades parecem invocar uma origem que
residiria em um passado histórico com o qual elas continuariam  a manter uma certa correspondência. Elas   têm a 
ver, entretanto, com a utilização dos recursos da história, da linguagem
e da cultura para a produção não daquilo que somos, mas daquilo  no qual nos tornamos.(HALL,2000,109)
      
As raízes surgem da narrativa, mas, a natureza necessariamente  ficcional 
deste processo não diminui, de forma alguma, sua eficácia, material ou
política, mesmo que a sensação  de pertencimento,
ou seja, a  sutura à história” por meio
da qual as identidades surgem, esteja, em parte, no imaginário( e no simbólico)
e, portanto, sempre, em parte, construída na fantasia ou, pelo menos, no
interior de um campo fantasmático.··.
FAMILIAS & CULTO 
Familie  origina-se  do 
latim famíli
Nos tempos modernos e atuais passou a significar a comunidade
de pais e filhos, ou   grupo de parentesco
relacionado pelo sangue. As famílias nasceram ao que tudo indica ,amarradas ao
culto dos morto s
   Estas são  crenças antigas e parecem-nos muito falsas e
ridículas. Exerceram, contudo ,o seu império, durante grande número de  gerações, sobre o homem. Governaram as almas;
(...)que regeram a sociedade e que  a
maior parte das instituições domésticas e sociais dos antigos tiveram esta
origem.( COULANGES, , 1929.p.25.)
       Tal era a importância dos mortos entre os
antigos, que além de cultuados eram nomeados como “bons santos e bem aventurados “e de um certo modo  “no seu
pensamento cada morto era um deus. “(COULANGES, 1929.p.25).E como tal
recebiam  cultos e para eles estava
acesso o fogo sagrado , conservado sempre acesso sobre o altar, no qual eram
oferecidos  repastos ao qual os
antepassados mortos  como deuses o
presidiam , e ainda e entre os romanos no dia 1° de março .De cada  ano era apagado e reacendido o fogo sagrado.
O fogo representava os deuses lares,
os manes ,os  vates
e os penates.
       O culto dos antepassados terminava se uma
família que  não tivesse   filhos. Os filhos eram assim a garantia da
manutenção do culto aos antepassados .Não havendo filhos poderia ser mantido o
culto através de filhos adotivos ,que adotavam o culto dos antepassados de sua
nova família, renegando os da antiga. 
Tais cultos não tinham   relação
com o culto dos santos pelo cristão, pois “cria-se que o morto não aceitava a
oferenda a anão ser da mão dos seus; apenas queria o culto dos descendentes.” (COULANGES1929.p.47)  A presença de
estranhos era proibida no culto ,não podendo o estrangeiro nem se aproximar de
um túmulo.
       O culto dos mortos era o culto dos
antepassados. , designado entre os 
gregos como  parentare .Em tempos antigos os parentes deveriam ser enterrados
num mesmo sepulcro e em tempo mais remotos eram enterrados na própria casa (Idem).O
o culto dos mortos era realizado pelos de 
dentro da família e os dos santos pelos 
estranhos a ela, dificilmente ambos se encontravam. 
       Não é apenas de culto que vivia e vivem
as famílias antigas e atuais,antes demais nada na Antiguidade clássica, - tanto
entre   os gregos como entre os  romanos _ a família constituía uma  unidade de produção. Não eram nas empresas,
mas, na propriedade familiar que eram produzidos tanto produtos agrícolas como
os artesanatos. .
       . O antepassado comum parece marcar os
homens, não apenas em relação à carga genética, representada então por unir os
portadores do  mesmo sangue., Mas ainda
em relação a uma cultura comum , cujas raízes estão cravadas no antepassado . 
O genes foi importante durante a fase
primitiva do culto familiar, quando surge à família monogâmica cai o poder dos
genes  e do culto  comum e em seu lugar nasce o cidadão, ligado
a  família como instituição, e o direito
cedido ao estado.Com a família monogâmica os antigos  deuses lares ligados ao o culto dos mortos,
também  morreram ,pois, quando morria o
culto morria  também a memória sobre o
culto e sobre os antepassados.(Engels ,s/d,83)
Desta forma  a genealogia do genes que remontava ao mais
remoto passado ,foi substituído pela genealogia familiar que  junto” a família monogâmica perece-nos
insignificantes.(idem) Tais mudanças marcam 
a passagem entre a família natural e a legal ,  para 
Hegel, no século XIX   nos tempos
românticos , a família apresenta  dois
tipos:
1-
a  família natural cuja  lei
não escrita dos deuses inferiores, a qual 
“não é de ontem ou de hoje, mas, eterna embora ninguém saiba de onde
veio, nada mais do que a lei natural lei sagrada que une vivos e mortos, pelos
laços impalpáveis do sangue. A preservação desta lei cabe a mulher, cujo
domínio é a família, onde estão os laços familiares e culturais:
2-
a família legal, que depende da lei do estado, sancionada pelos deuses
olímpicos. O cumprimento desta lei cabe ao homem, neste caso os governantes.
       Nenhuma dos dois tipos  são superiores uma ao  outro, razão pela qual ,muitas vezes, há conflito
entre uma e outra, entre os conflitos de ordem natural e os de ordem
institucional e jurídica. Hegel apresenta como 
exemplo a tragédia de Antígona de Sófocles , na qual a heroína enterra  seu  
irmão apesar da lei, que Creonte exige que seja cumprida.( Hegel
,1997,154)
       A 
família legal  não é superior
a  natural, mas é na primeira que
reside  à base do estado ,preparando os
homens  para serem  membros de uma  pequena organização, prontos para seguiram as
determinações do Estado como seus membros. 
Constitui assim a fase imediata da eticidade e uma das raízes do Estado
.(HEGEL ,1997,154)
FAMÍLIAS & FESTAS
Setant'
oto giorni di viagio
Di
Belluno a San Martin
Lungo
viagio riva la fim
E
la terra abiam conquistá
A família era
e  é muito importante  para os colonos europeus que ocuparam os
lotes das colônias da região nordeste do Rio Grande do Sul, pois dela dependia
a produção da terra , que com seu trabalho garantia a manutenção de seu valor
maior: a propriedade da terra O
vínculo entre a festa e a família ,ao menos na região em estudo, são recentes.
Já as festas familiares são antigas, perdem-se nos idos do tempo, marcam os
momentos de mudança. Como observa Ribeiro
As festividades tem sempre uma relação marcada com o
tempo, como foi sublinhado por Batkhtin, porque, dentre outras razões, nas suas
diferentes fases históricas ligaram-se a períodos de crise, de mudanças.Na vida
da natureza, do homem  e da sociedade. Os
ciclos da natureza, a morte e o renascimento, “(...) a alternância e a
renovação constituíram sempre os aspectos marcantes da festa que criaram o
clima típico da festa”(RIBEIRO,2002,43)
As festa s de casamento,batizado, crisma e  do padroeiro reuniram famílias para comemorar
a passagem de datas comemorativas ou  os
ritos de passagem. Até mesmo o velórios constituíam, antes do advento das capelas
funerárias, motivos para reunir familiares e amigos na casa do falecido. 
Outra particularidade da festa é que ela
é sempre um ato coletivo, um ato
social(...) Fazer festa supõe partilhamento e participação. é um
acontecimento que necessita da presença dos outros para que  produza seu efeito de alegria  e prazer comum.  A experiência da festa implica, portanto,
relacionamento com os outros, mediatiazado por atividades agradáveis( ou não
atividades) que como regra ,estão ausentes desse outro estado que rege e
disciplina as relações de trabalho e no cotidiano(RIBEIRO,2002,43)
As festas por outro lado devem ser pensadas como um  ritual , como um procedimento protocolar que
segue determinada 
“O
processo ritual pode ser utilizado naquelas situações em que uma dada
coletividade necessite operar um ajustamento da percepção do outro em relação a
si própria. Para tal, põe em cena uma 
realidade sociocultural para que passe a ser percebido e considerada
pelos que estão de fora dessa realidade. Nesse caso, o processo ritual pode
auxiliar o grupo que almeja ser reconhecido e prestigiado a encontrar, na ritualidade,
uma via eficaz para a auto-representação.
Exemplo de uso dessa estratégia de expressar e
divulgar anseios de auto-representações por meio de ações ritualizadas como
representações simbólica da própria identidade foi dado pelos habitantes de Caxias
do Sul ,no Rio Grande do Sul, 
ao inventarem a Festa da Uva, no ano de 1931” (RIBEIRO,2002,53)
A festa da família é uma celebração (repetir) ou uma comemoração (lembrar
juntos)  e constitui  uma comemoração  ,já que lembra os antepassados em conjunto e  não repete , mas cria uma ritualista própria.
A partir da
década de setenta  do século
passado,  as famílias  começaram a se realizar festas de
confraternização familiares, reunindo quatro ou cinco gerações, que possuem
antepassados .comuns,  no caso: os   antigos imigrantes. .Tais festas se
realizam  em vários municípios ,sendo
comuns a toda região. Mesmo realizadas distantes umas das outras tem os mesmos
objetivos e  o mesmo tipo de organização
que parece ter sido padronizada. Desta forma quem participa de uma festa
participa de todas e que m  conhece uma
conhece  as outras.
        Um bom exemplo de organização é apresentada
pela primeira ata da  Comissão
organizadora  da festa da Família
Bavaresco
Aos vinte e um dias o mês e março de mil e novecentos e noventa e nove, a pedido do Frei Agemir Bavaresco reuniram-se José David Anzanello e Ivete Bavaresco Anzanello , Noeli e Maria Salete Vanin Bavaresco para iniciarem a organização do I Encontro Família Bavaresco.Inicialmente fizemos o levantamento dos imigrantes italianos tendo sido feita a seguinte relação na qual serão acrescentados outros dos quais ainda não temos conhecimento: os irmãos Giuseppe, Ferdinando, Pascoal e Marieta Bavaresco conhecidos como os Giacometi) ;os irmãos Giacinto e Domenico e a cunhada que parou em São Paulo (pois o marido faleceu na viagem de navio da Itália para o Brasil) conhecidos estes como Ganéo e Sebastiano Bavaresco( apelidados de Bastian) e outra família ainda não identificada por nós ( os parisoti). Foram lançadas algumas idéias que ficaram para serem debatidas na próxima reunião ,marcada para o dia do dois de abril.com a presença do Frei Agemir Bavaresco...( BAVARESCO,ZANINI 2000.p.15)
 Para Bavaresco
e Zanini(idem)os motivos  que os
levaram  a realização das festas são os
de  :
a)     preservar a memória histórica da
família Bavaresco para garantir aos descendentes os valores de nossos
antepassados:
b)     Integrar e unir a família Bavaresco
par o mútuo conhecimento e amizade;
c)     Comemorar mais de um século da
chegada da Família Bavaresco no Brasil;
Constituir a árvore
genealógica da Família Bavaresco para a publicação de um livro.
 A festa organizada por um pequeno grupo de parentes,geralmente
os que ficaram na região próxima da 
terra na qual viveram seus antepassados. , que se encarrega do levantamento  dos membros da família. Os mais velhos de
determinado grupo são consultados e através dele são localizados os seus
parentes  mais próximos, e numa reação em
cadeia tornam-se conhecidos os convivas, mesmo os mais distantes. O grupo
organizador envia os convites, aluga o salão da comunidade, onde viveram os
avós ou bisavós , e encomenda o cardápio . As despesas são calculadas  repartidas entre os participantes das festa. 
A organização da
festa dos Bavaresco é exemplar, 
podendo  ser acompanhada  pela 8º ata que detalha as atividades
realizadas : 
(...) Às seis horas
da manhã ,houve alvorada festiva com espocar de foguetes por uma equipe de
Lajeadinho  coordenada por Martinho
Feltraco. A partir das sete horas, começaram a chegar os descendentes da
família... continuar. (BAVARESCO,2000,25)
As  festas tem uma organização comum, começam com
uma missa  em homenagem aos mortos, e a
chegada dos parentes. Grande alegria tem os organizadores que podem contar com  um padre 
da família ou a ela ligado para a celebração religiosa. A  missa é seguida por  um 
almoço colonial , como são denominados 
As diferenças ficam apenas no nome das famílias , no  número maior ou menor de membros de cada uma
delas e na  sua maior ou menor riqueza.
Também os
cardápios são comuns, apresentando pequenas variações. Essenciais são: o sopa
de agnolini , as carnes lessas, pão e saladas. A variação pode
ser a substituição da massa pelo rissoto
do galeto pelo porco assado, a salada de batatas pelas batatas doces carameladas.  Em todas as festas é cumprido o mesmo ritual,
até na ordem em que são servidos os pratos, e as bebidas. Depois do almoço em
geral  é o café depois do qual são  sorteados   
alguns brindes, e finalmente 
são  distribuídos( vendidos) os
livros  com a  história da família. Ocorrem encontro de
parentes que não viam há muito tempo 
há  alegria  e tristezas pelos que já se foram. Há
ainda   certo constrangimento daqueles
parentes que são menos aquinhoados que os outros. .E assim  termina o encontro familiar, com promessas do
vindouros, que podem ou não ocorrer.
FAMÍLIA &
HISTÓRIA
Cento ani de vita e lavoro
Tutti uniti dobiam ricordar
L' onor della Famiglia MEZZOMO
Com alegria dobiam festigiar
Os livros de
histórias de família –como as festas- tem 
em geral  a mesma organização .A
semelhança começa  no título ,que tem o
nome familiar. A primeira parte é constituída pela origem e,alguns
apresentam  explicam o significado do
pretenso  brasão familiar. A seguir há
uma longa ou curta da viagem e da chegada 
dos imigrante desde a Itália até seu lote colonial ,seguir há  trajetória da família no Brasil. Por último é
elaborada um árvore genealógica que raramente ultrapassa  a geração dos trisavôs.O Monsenhor Lorenzato
revela  motivos que o levaram a escrever
a história de sua família: 
A 30-11-1972 ,na cidade de Guaraniaçu, PR, festejei
meus 25 anos de ordenação sacerdotal. .No alegre convívio com os irmãos e
parentes, recordávamos as  pessoas  e os acontecimentos de nossa família .No
entanto percebeu-se que alguns dos participantes da confraternização, por terem
se criado longe dos demais nada sabiam dos nossos antepassados .Eis porque o
Pe. Luiz Lorenzato Serraglio deu a sugestão:” Seria bom escrever a história de
nossa família  para que não se percam
coisas tão interessantes”, e todos os presentes de incumbiram   de realizar a difícil tarefa.Aceitei o
encargo, lembrando-me que uma família 
sem história, com o tempo que tudo apaga- é como se não tivesse
existido; a medida em que as pessoas morrem é a família que vai desaparecendo (.LORENZATO,
1998 ,p.13)
Há três  elementos que não podem ser esquecidos: :o
fato de ser um padre o que escreve a história; o fato de ter um professor na
família e ainda deve se destacar o corte que é feito no passado isolando um
casal  dos outros pares que compõem a
família .O que leva ao desejo de escrever a história familiar é a imposição do
grupo e por último manter viva a memória da família   ainda que as pessoas que a compõe,
compuseram e comporão  morram , enfim um
desejo de perenidade num mundo destinado a desaparecer.
   A escolha de qual dos vários ramos da qual
será  elaborada  a história revela o poder patriarcal, pois é
a partir da linha paterna que construídas as histórias e a genealogia.. Algumas
vezes  o critério é o sucesso econômico .
  De acordo com as posses familiares, a
genealogia pode ser  mais  completa., quando  encomendada a algum instituto ,ou realizada
pelo autor  em rápida pesquisa na terra
natal de seus avós, Um detalhe curioso poucos são os  imigrantes - e seus pósteros - que
mantiveram  relações contínuas com a
parte da família que permaneceu na Europa .Desta forma a história familiar
perde is nexos anteriores à chegada ao Brasil. Muitas vezes a  história resulta na busca a  busca de um passado que já não existe  e que 
muitas vezes  nem existiu
Os
objetivos  que levaram o autores a  escrever as sagas familiares também  são semelhantes., como as festas e os livros.
Até o momento, de  acordo com os motivos
que levaram os autores  a escrever as
histórias de família,  parecem ser três:
um ° O valor  que a  família para o grupo,: 2- a manutenção dos
laços familiares:; 3- o registro escrito do passado .
1. O primeiro motivo que
levou os autores a escreverem histórias familiares parece ser  a importância   que tem a instituição para o grupo de
descendentes de imigrantes europeus, em geral 
e italianos em particular, Parece que não há muito a acrescentar sobre
valor  da família para os  colonos 
cujas raízes estão plantadas  na
posse de na produção da terra, que depende do trabalho familiar. 
Para a produção
na pequena propriedade agrícola , a mão-de-obra familiar é essencial, havendo
assim uma estreita ligação  entre terra e
família nos autores estudados :Como afirma 
o autor sobre a pequena propriedade :”Nela podemos constatar a diversidade de produtos
cultivados pelas famílias italianas que trabalhavam a terra. Era uma
agricultura familiar onde todos trabalhavam para prover seu sustento.” ( COSTAMILAM 1984 p.425)
2. . O segundo motivo é a
tentativa de preservar  entre   familiares os laços  que  se
rompem rápido no decorrer das gerações. Já que 
para o grupo é tão grande a importância da família as  relações entre os seus  membros estes devem necessariamente ser
mantidas. Pois segundo se supõe há  uma
estreita ligação entre os antepassados e 
as gerações deles decorrente.
 Segundo Mulo 
(MOLON 1991 p.12)
estes livros serviram e servirão para promover a
integração entre pessoas que têm( Sic) grau de parentesco, mais próximo ou mais
longínquo, ou que se identificam por terem um sobrenome comum, uma ascendência
comum,.
Ou  como afirma 
Mezzomo ( 1986 p.13)
 Despertar e conservar vivos os sentimentos de união
pelos vínculos do amor fraterno entre parentes e como preito de gratidão, aos
nossos antepassados pela inestimável formação que nos legaram.
Esta parece ser
também a opinião de Dall’Alba,  que
acrescenta um  elemento novo na busca da
identidade pessoal e do grupo. .”(DALL’ALBA  
1984. p.11)
 acontece que
cada um de nós vai se perguntado: Que influência tem a hereditariedade em mim?
Por que sou assim? Como eram meus antepassados? (...). A estas e outras
perguntas que gostaríamos de dar resposta 
nesta monografia, (...). Talvez nosso livro sirva para reatar laços por
demais tênues. Talvez ... apenas uma lembrança saudosa
  três.,O registro histórico do passado,
registrados nas histórias de família são necessários, para compreensão do
presente e garantia do futuro. Segundo Piccoli:
 Com este
livro pretendemos resgatar um pouco da História dos nossos ancestrais,
fazendo-nos compreender suas vidas, seu progresso, a superação das dificuldades
pela persistência, pela indomável força de vontade. Conhecendo nossas origens
valorizaremos os agentes da nossa História. Como seres humanos tiveram também
suas fraquezas, seus erros, mas o somatório das virtudes foi bem alto. Uma
meditação sobre os primeiros tempos de colonização, quando tudo devia ser
feito, com um mínimo de recursos, poderá nos tornar hoje, mais tolerantes e
pacientes e assim aceitarmos com mais resignação às contrariedades que a vida
nos apresenta. PICCOLI 2000 p.11)
Idêntica  é a opinião de Molon ao
comentar os quatro encontros realizados pela sua família 
“A História da família continua a ser
escrita dia a dia e os Encontros servem
para resgatar, valorizar, promover e integrar seus membros. (...).” –  (...). Continuou por um longo tempo mantendo
relações com os parente de Otávio Rocha e com a sua morte, os laços familiares
foram esquecidos entre as duas comunidades. .” –((MOLON 1991 p. 197 )
Tais posições
são corroboradas por outros autores  como
“. Hoje, em vésperas do centenário da chegada do Luigi Dall’ Alba, já não
podemos aguardar. O livro, mesmo com genealogias incompletas, vai ao prelo.” :( 
DALL’ ALBA 1984 p.9)   Ou como
Paulina Soldatelli  “além disso, percebi
como se sabe pouco de nossos antepassados..” (MORETTO,1991  p. 05)
 AS DIFERENÇAS SOCIAIS 
A imagem do
colono  bom, trabalhador, pouco
politizado, e socialmente ignorante  não
é corroborada nas histórias de família. A imagem do colono pobre, mas,  trabalhador é mantida e transmitida de
geração em geração, também  a diferença
entre os senhores e os colonos repercute na memória dos pósteros. 
Como observa
Woodword (2000 p. 1 4 ) “é por meio da diferenciação social  que essas classificações da diferença são
vividas nas relações sociais”.. A manutenção e das  evidentes 
desigualdades entre os 
comerciantes  ricos e os colonos
pobres,  que levavam uma  vida trabalhosa e sem gratificação. Um dos
casos típicos da região e que demonstra de foram clara a percepção dos em
relação as condições sociais a que estavam submetidos , foi assim sintetizada
por Alice Gasperin:[1]
“Em março de 1898, por ocasião de sua visita às
Colônias de Caxias, Bento Gonçalves, Garibaldi e outras do Rio Grande do Sul,
chamadas colônias italianas, esteve em Caxias o Conde Brandolini acompanhado do
Juiz da então Comarca (Montenegro), e encontrando-se este com uma ex-colona
italiana, disse-lhe: 
-     
A  senhora está de parabéns hoje, não?
          
-   Porque , perguntou ela
-     
Porque está em
Caxias uma personalidade ilustre da Itália, respondeu-lhe o magistrado
-     
 Absolutamente. Esta é aquela espécie de gente
que nos odiávamos e por causa dos quais tivemos que abandonar nossa pátria, se
não quiséssemos morrer de fome, retrucou aquela imigrante." 
O fato não poderia ser mais significativo ,apresenta alguns aspectos que
merecem ser destacados. O primeiro refere-se a identidade da personagem
definida como ex-colona, ou seja uma antiga moradora da zona rural que passou
a  residir na cidade, significa que
deveria ter boas condições econômicas .Pois ao acumular alguns bens os colonos
mudavam-se para a cidade ou para o núcleo urbano mais próximo. Um outro aspecto
é  a possibilidade de  declarar seu ódio aos   senhores de terra  da Itália, já que  então ela também se tornara também uma senhora
,ou seja uma proprietária  de terras. 
.Havia na região
da  colônia uma certeza : “os ricos da Itália são os pobres da
América,” diziam aos nossos. Para as famílias numerosas, para os jovens, não
havia outra saída. Era preciso emigrar”.[2] Como
diz Rossato [3]referindo-se
á riqueza da sua propriedade :” em
Valdagno seria rico quem tivesse tanta madeira” E complementa revelando a
força da mudança social que vivenciou com a vinda para o Brasil“ lá éramos servos e aqui somos senhores”.
De uma forma
geral a partida não havia sido fácil. Tonniazzo [4]fala
de como foi desprezado por não ter recursos e que ” parecia-me que, de algum modo ,fui expulso daquele vilarejo que tanto
amei.” Este sentimento de ser sido rejeitado pela pátria  somado a algum ato  sujeito a punição  fazia com que a Itália fosse aos poucos sendo
também rejeitada. Segundo Dall’Alba [5]
” Contava-se, mas à boca pequena e muito por alto,
(...), que o Giácomo teria, durante o serviço militar, pertencido a uma
associação secreta, uma espécie de máfia, ou sociedade anárquica. No mínimo
estivera envolvido numa conspiração que assassinou uma alta personagem, um
conde tirânico, parece.” 
-       
 
As condições de
vida dos camponeses era péssima ,tanto que as mães deixavam seus  filhos “para
ir amamentar filhos dos ricos, uma espécie de atividade mais ou menos comum
naqueles tempos.”[6].
Tal pobreza e tal exploração facilitavam o esquecimento e a adpstação às novas
condições que a nova pátria garantia. Afinal eram muito” pobres. Não mais pobres que os outros.” Sofrendo da falta crônica
da terra de terra  pouca terra.” (...).”–
p.18. Quando ainda estão na Itália. [7]
 “Acrescenta-se que a grande maioria dos
agricultores italianos não era proprietário das terras, único meio de produção.
Necessitavam arrendá-las e trabalhar para os seus senhores latifundiários, a
fim de verem supridas as necessidades básicas. Por ocasião do arrendamento
acontecia uma verdadeira espoliação, ficando o agricultor obrigado a ceder ao
senhor das terras a metade da produção e ainda arcar as despesas e prejuízos.
(...).” – MOLON p.43 – Citação feita para explicar a condição em que viviam os
imigrantes na Itália.
O símbolo da poder era a posse da terra,mas a riqueza
só se conseguia com o comércio “ ele se tornaria um dos mais poderosos
comerciantes do interior do município, projetando seu nome e prestígio muito
além das fronteiras de sua casa de comércio." [8](
! As informações, eram bem pouco
precisas, e só davam conta de que o vinho estava adulterado. Para Caetano (...)
foi como se um raio o atingisse em cheio, já que tal procedimento por parte das
autoridades ligadas ao setor, correspondia a dizer que ele era um comerciante
desonesto, e  isso, com a inevitável
publicidade que o caso teria, era o mesmo que jogar por terra o que em muitos
anos ele havia construído e com tanto sacrificio.(487)Costamilam
               "  No dia 8 de junho de 1901, tendo como palco o
salão da " Sociedade Operária Príncipe de Nápoles" é fundada
oficialmente a Associação dos Comerciantes do Município de Caxias, a qual viria
a adquirir um tal prestígio, graças à sua ação efetiva na defesa dos direitos e
aspirações  dos comerciantes, que dentro
em pouco se constituiria numa força política atuante, e seria a causa da
desgraça de homem que até então vinha impunemente oprimindo os caxienses."
(447Costamilam
Caxias continuando a crescer e sem que houvesse uma
infra- estrutura a acompanhar este progresso daí as contínuas petições e
reclamações que chegavam ao protocolo da Intendência. As estradas
encontravam-se em estado calamitoso, e só mesmo a força de vontade que animava
os comerciantes pode explicar que tenham superado tais dificuldades (...)
tinham que custear eles mesmos os reparos mais necessários, mediante
concentração de trabalhadores nas colônias..." (472)costamilan
a guerra declarada pelos comerciantes da Associação à
pessoa do Sr. Campos Jr, era também uma afronta direta à seita que essa
autoridade representava...." (462)
Costamilam
" Era tudo mato. Vovô
Gasperin ganhou a sua colônia na Linha São Miguel. Cinqüenta hectares de
terras, de mata virgem, com duzentos metros de frente.(...)  Quando vovô recebeu o número do lote dele,
tratou logo de cortar o mato e plantar o que dava na época. Davam-lhe as
sementes. Construiu uma pequena casinha com tábuas serradas à mão. Quando
entrou na sua pequena casinha, construída por ele, com sua família, em sua
terra , sempre dizia que se julgava o homem mais rico do mundo." (16)
“(...). Ele não é rico, mas
é um bom rapaz, trabalhador e de quem não se pode dizer nada. Trabalhador e
honrado. (...).” – p.   Palavras ditas
sobre João Rigo, por seu pai. FARINA
1)     “(...). A possibilidade de
ir para a América, para essa gente, era a realização do sonho de ter a sua
propriedade, e de não mais serem explorados pelos donos e senhores das terras.”
– p. 01 BORTOLINI
Os valores aparecem de forma
repetida em todas os autores, entre eles Molon ( MOLON 1991 p.12)
O objetivo do livro é
despertar  e conservar vivos os
sentimentos de união, como preito de gratidão aos nossos antepassados pela
inestimável formação que nos legaram, no que diz respeito especialmente à
formação cristã, ao amor ao trabalho e à integridade moral.
FAMÍLIA
O sentido da família, nas
obras analisadas ,parece ter três sentidos: o trabalho e a propriedade e os
valores  Nas obras são citados 38  vezes pais e pai e 31 vezes mãe e 49 família.
FAMÍLIA:CONCEITOS
 É a primeira e a mais importante das  instituições sociais, biológicas e morais; é
o nascimento da vida social e o repositório das tradições. Prolongamento do
homem no tempo MEZZOMO
Anteparo mais seguro da
liberdade do homem....e assim por diante MEZZOMO
A Família é o "meio de
cultura". MEZZOMO
Família é a pátria do
coração é síntese e a base da sociedade. P. 15 e 16 MEZZOMO
IMIGRAÇÃO
3 ABORDAGENS;
1.Situação na Itália .2
Motivos para a vinda  3.O luto pela saída
1.SITUAÇÃO NA ITÁLIA
“A propriedade rural
tornava-se muito cara e permanecia em poder de uma minoria privilegiada,
enquanto a maior parte do trabalho braçal, era formada pelos inquilinos que nada
possuíam e nada tinham para economizar.” – p. 10. Sobre a situação dos
agricultores na Itália.
Farina 
“(...). Pobres. Não mais
pobres que os outros. Pouca terra. (...).”– p.18. Quando ainda estão na Itália.
DALL’ALBA
“Dos Zaupa diz-se que não
passavam fome, mas poareti come ragni,
parece que não tinham terra própria. Sempre a fito, pagando renda, à meia.”– p. 18. Sobre a vida na Itália.
DALL’ALBA
“São gente pobre, mas livre,
exercendo verdadeira democracia. De início tinham arrendado os terrenos, mas
agora já eram proprietários. É admirável o espírito comunitário.” – p. 21.
Comentando da Itália. DALL’ALBA
A propriedade rural
tornava-se muito cara e permanecia em poder de uma minoria privilegiada,
enquanto a maior parte do trabalho braçal, era formada pelos inquilinos que
nada possuíam e nada tinham para economizar.” – p. 10. Sobre a situação dos
agricultores na Itália..MOLON 
" Dançavam
também valsa, polca, vanera... Na Itália faziam serão nos estábulos. Aqui
continuaram com o mesmo serão, chamado 'filó'. Contavam as suas misérias,
alegrias, as dificuldades e por fim cantavam. E sempre o 'goto' de vinho, com
pinhões, quando era época e muita pipoca." (41)Dal’Alba
3 MOTIVOS PARA A VINDA
“A Itália é a
pátria – mãe de muitos imigrantes.”( MOLON 1992 
p.42. )
Quando na Itália se soube
que o Governo Brasileiro decretou a lei que receberia imigrantes italianos
pobres, dando-lhes terras para trabalhar, transporte e mantimentos por um ano,
houve muitos que não pensaram duas vezes. Inscreveram-se logo." (11)
" Cirillo Piccoli fixou-se em definitivo na colônia (lote) n 49..... Era
alfabetizado. Casou com Albina Armigliato, de 16 anos em Ronco All' Àdige em 06
de agosto de 1872, não alfabetizada... O casal teve um início difícil. O
importante, porém era possuir um pedaço de terra, o que era quase impossível na
Itália." (29) Gasperin
" Cirillo Piccoli
fixou-se em definitivo na colônia (lote) n 49..... Era alfabetizado. Casou com
Albina Armigliato, de 16 anos em Ronco All' Àdige em 06 de agosto de 1872, não
alfabetizada... O casal teve um início difícil. O importante, porém era possuir
um pedaço de terra, o que era quase impossível na Itália." (29) Piccoli
A propaganda intensa das
nações americanas interessadas, especialmente os Estados Unidos, Argentina e o
Brasil. A América era apresentada como a terra de promissão, de
facilidades e enriquecimentos rápidos.” – p. 10. Sobre as causas da imigração.
MAINARDI
Giovanni Battista amadureceu
a idéia de vir para o Brasil pela mesma via lógica de raciocínio que arrastou
milhares e milhares de vicentinos de suas casas para o porto de Gênova. Era a
única oportunidade positiva que se apresentava para escapar finalmente de uma
vida cada vez mais sufocada pela fome e pela injustiça social. (...).” – p. 54
BONGIOVANNI
 Foi, acima de tudo, em busca de terra que, de
1876 a 1900, um contigente humano de 1.040.000 emigrantes deixaram a Itália e
se estabeleceram no Brasil. (...).” – p. 09 FARINA
Acrescenta-se que a grande
maioria dos agricultores italianos não era proprietário das terras, único meio
de produção. Necessitavam arrendá-las e trabalhar para os seus senhores
latifundiários, a fim de verem supridas as necessidades básicas. Por ocasião do
arrendamento acontecia uma verdadeira espoliação, ficando o agricultor obrigado
a ceder ao senhor das terras a metade da produção e ainda arcar as despesas e
prejuízos. (...).” – MOLON p.43 –
Foi, acima de tudo, em busca
de terra que, de 1876 a 1900, um contigente humano de 1.040.000 emigrantes
deixaram a Itália e se estabeleceram no Brasil. (...).” – p. 09 FARINA
“O mundo ideológico destes
imigrantes caracteriza-se pelo fascínio da posse de terra: a crise da
propriedade na Itália e a exploração a que se encontravam submetidos (...),
fê-los considerar a propriedade do solo como sinônimo de independência,
dignidade e liberdade, proporcionando aos filhos alimentação farta e futuro;
(...).” – p. 09 BRESOLIN
3. LUTO  pela saída
 “Na despedida dos imigrantes, ás vezes havia
festas, mas quase sempre o ambiente era triste, de separação.” (SOLDATELLI  1991 
p.19) 
“(...). Podemos imaginar a
família recebendo a bênção do velho pároco amigo. (...). As crianças abraçando
o vovô e a vovó, os tios, a tia Madalena..” (DALL’ALBA1984  p.29.)
“No dia aprazado para a partida,
os imigrantes saudavam os vizinhos e levados por algum amigo até a estação
ferroviária mais próxima, (...).” – p. 70 MOLON
FAMÍLIA E VALORES 
FÈ
(...). Vocacionados a
emigrar, homens de fé, no majestoso templo dirigiam preces especiais invocando
ao Deus Onipotente sua proteção para levar a bom termo a longa e difícil viagem
rumo ao Brasil.” – p. 17 FARINA
 “Rezar o terço em família, participar das
atividades religiosas e culturais das pequenas comunidades foram às formas
encontradas pelos imigrantes para fugirem do isolamento em que foram
abandonados na floresta.” – p. 25 FARINA
“Os imigrantes italianos –
homens simples, afeitos à agricultura de subsistência e ao pequeno comércio –
na força de seus braços e na perspicácia de suas mentes, aliadas à tradição de
fé à busca de integração, encontraram o caminho do progresso e do crescimento
da comunidade. (...).” – p. 44MOLON
            ".... Rezavam e cantavam. Em religião, tinham um bom
conhecimento e muita fé...." (13)
Gasperin
AMOR
“(...). Até que eu era
criança o pai chegava em casa e fazia o pão e a polenta... chegava a dar comida
na boca, à mãe. Era muito carinhoso.” – p.142. DALL’ALBA
“O menino Angelin (...)
queria muito bem a nona Carolina, (...). Quase todos os dias saía da casa do
pai (...) pegava um ovo fresquinho e levava para a nona.” P 21 – Soldatelli)
UNIÃO
“Muito trabalho, muita
união, muita piedade nessa família de pioneiros. (...).” – p.53 DALL’ALBA
“(...), a família cresceu
unida, respeitosa, com regular formação cultural, com profundas convicções
religiosas e morais. Era uma família numerosa, de 13 filhos. (...).” – p. 79.
Dall’Alba.
Na casa do pinheiral ficavam
o pai, a mãe, e os filhos menores. No domingo reuniam-se todos.” – p.78
DALL’ALBA
“Todos viviam em comunhão,
comendo do mesmo alimento, participando dos mesmos trabalhos. (...).” – p.80
MOLON
“Muito trabalho, muita
união, muita piedade nessa família de pioneiros. (...).” – p.53 DALL’ALBA
RESPEITO
" Giácomo, seu pai
efetivamente havia sido o patriarca daquela família, e no mesmo estilo
militarista em que vivera sua juventude e lograva aprimorar os seus
princípios  assim conduzia seu lar, com
mão- de- ferro  e  bem pesada, não dando ensejo a qualquer um de
seus filhos pautasse o seu comportamento por outras diretrizes senão aquelas
que ele, durante todos os anos em que viveu, fez questão cerrada fossem a
bússola a nortear seus passos." (423)COSTAMILAN
(...) tem em Elia um
verdadeiro exemplo de dedicação à família e ao trabalho." (149)Zardo
RELIGIOSIDADE
A Itália é a
pátria – mãe de muitos imigrantes. Alicerçada na doutrina cristã de ‘crescei e multiplicai-vos’,
sem restrições, as famílias eram numerosíssimas. Não é raro encontrar casais
com mais de 15 filhos. (...).” – p.42. Citação feita para explicar como eram as
famílias na Itália .MOLON
Citação de Ecl3,9-10  
Mezzomo
O temor a Deus é o princípio da sabedoria e a piedade
da ciência...
“(...), casal de
costumes cristãos e de conduta rigidamente dentro dos princípios da moral,
educaram cristãmente o pequeno Giovanni, conduzindo-o à Primeira Eucaristia na
mesma Igreja quando tinha sete anos.” – p. 24 FARINA
“Rezava-se longamente em
casa. (...). Terço, ladainhas, (...). Outras famílias, não todas, também
rezavam. (...).” – p.105 DALL’ALBA
“Na véspera do Natal,
reuníamos lá em casa os primos do Toni e do Piero para um jantar. Depois ia-se
com a carreta para a Missa do Galo. Que Missa! Orquestra com  tromba, (...).” – p.106 DALL’ALBA
“(...). Era ali na cozinha
separada da casa, que se rezava, aprendia-se a doutrina, comia-se,
conversava-se, passava-se o tempo frio, o tempo de chuva, os serões das noites
de inverno.” – p.154 Dall’ Alba
 “Muito trabalho, muita união, muita piedade
nessa família de pioneiros. (...).” – p.53 DALL’ALBA
(...), a família cresceu
unida, respeitosa, com regular formação cultural, com profundas convicções
religiosas e morais. Era uma família numerosa, de 13 filhos. (...).” – p. 79.
Sobre a família de Antônio Dall’Alba.
“(...). Nem é preciso
imaginar para vê-los rezando ao redor dessa rústica mesa. Quase tudo era mato
ainda, mas havia roças nas clareiras. Isolados no mato, mas felizes!” – p. 33
DALL’ALBA
Num ambiente de tanta
religiosidade, não podia estar ausente o surgimento de vocações religiosas e
sacerdotais, estimuladas pelos próprios pais...Notável um lugarejo de 900
hectares e três dezenas de famílias, deu à Igreja uma legião de sacerdotes e
religiosos...,cita p. 16 Barbosa
“Da Lúcia falava-se de sua
grande família.” “(...). Nem todos sobreviveram, mas teve 17 filhos. Criou 14.
Se o pai estivesse à frente desse batalhão já mais crescido, certamente teria
feito prosperar muito mais esta família abençoada com tantos braços. (...), era
uma bênção (...) uma família numerosa na época patriarcal da colonização,
quando vestir era fácil, estudo não se costumava dar (...).” – p.118. Dall’
Alba .
            Todas as famílias rezavam diariamente o terço em sua
casas. Rezava-se indo para trabalho na lavoura. Rezava-se e cantava-se durante
o trabalho. Não havendo padre Maximino Bampi rezava o rosário e encomendava os
mortos. Nos dias santificados recitavam o terço na capela, bem como as
ladainhas. Barbosa
DISCIPLINA E HIERARQUIA
“Os pais eram rigorosos.
(...).” – p.83. Dall’Alba 
“(...). Ambos eram bons.
Severos, que não precisavam levantar a voz, porque todos eram submissos mesmo.
Mas bons. Agora, entre eles é que nem sempre as coisas corriam tranqüilas. Dois
caracteres fortes, de vez em quando explodia tremendo desabafo com palavras
rudes. (...).” – p. 131. Dall’ Alba
Consultava sempre a mãe,
pois não tinha mais o pai.” – p.53.. SOLDATELLI 
" Giácomo, seu pai
efetivamente havia sido o patriarca daquela família, e no mesmo estilo
militarista em que vivera sua juventude e lograva aprimorar os seus
princípios  assim conduzia seu lar, com
mão- de- ferro  e  bem pesada, não dando ensejo a qualquer um de
seus filhos pautasse o seu comportamento por outras diretrizes senão aquelas
que ele, durante todos os anos em que viveu, fez questão cerrada fossem a
bússola a nortear seus passos." (423)COSTAMILAN
FAMÍLIA E TRABALHO 
 (MOLON 
1991 p43)
 Acrescenta-se que a grande maioria dos
agricultores italianos não era proprietário das terras, único meio de produção.
Necessitavam arrendá-las e trabalhar para os seus senhores latifundiários, a
fim de verem supridas as necessidades básicas. Por ocasião do arrendamento
acontecia uma verdadeira espoliação, ficando o agricultor obrigado a ceder ao
senhor das terras a metade da produção e ainda arcar as despesas e prejuízos.
(...).”
O Giácomo era gente de
trabalho. Tinha porcos, vacas, parreiras, prado para feno, pastagens, roças de
milho e trigo, casa boa, mulher dedicada, filhas crescendo.” –p. 52 DALL’ALBA
            " Para nossos avós, era motivo de orgulho verem que
três de seus filhos, Frederico, Virgínia e Caetano, estivessem todos
estabelecidos, desfrutando de uma sólida situação e felizes em seus casamentos.
Só João ainda não havia acertado o passo em seus afazeres, mas todos tinham
esperança de que ele também se encaminhasse 
a contento cedo ou tarde." (486)Costamilan
"... Ele estava de
cama, esgotado de tanto trabalhar. Viveu só para trabalhar. Era de temperamento
oposto ao meu pai. Papai era explosivo e trabalhava tanto na lavoura como de
carpinteiro. Gostava de farras e de festas. Tio Francisco era calmo, nunca se
alterava. Tinha autoridade sim, mas sempre no mesmo ritmo. Só se dedicou à
lavoura. Gastou-se trabalhando. Pai de dezessete filhos e comprou terras para
todos." (89) Referência ao seu tio Francisco. Gasperin
“Seguindo o costume, quando
um filho casava, ficava morando com os pais pelo menos por um ano. Quando
saiam, os pais ajudavam no que podiam para o casal iniciar a nova vida e davam
uma quantidade de gêneros de primeira necessidade para o sustento, ou estando
ainda junto com os pais, já iam plantando para a primeira colheita. Esse era o
procedimento dos pais com os filhos e o último, ficava morando na casa
paterna.” ( p. 72.Soldatelli) Citação feita para comentar que um dos filhos
tinha casado.o filho mais novo e, segundo costume trazido da Itália, ficou
morando na casa com os pais, pois cabia aos mais jovens esse privilégio.” – p.
23..” – Soldatelli
PROPRIEDADE
A situação do agricultor
italiano. Eram 8.550.000 agricultores, em 1881 e destes, apenas possuíam terras
uma sexta parte e não havia esperanças de se tornarem proprietários.” – p. 10.
Sobre as causas da imigração. MAINARDI
A propriedade rural
tornava-se muito cara e permanecia em poder de uma minoria privilegiada,
enquanto a maior parte do trabalho braçal, era formada pelos inquilinos que
nada possuíam e nada tinham para economizar.” – p. 10. Sobre a situação dos
agricultores na Itália. MAINARDI
A propriedade rural
tornava-se muito cara e permanecia em poder de uma minoria privilegiada,
enquanto a maior parte do trabalho braçal, era formada pelos inquilinos que
nada possuíam e nada tinham para economizar.” – p. 10. Sobre a situação dos
agricultores na Itália. MAINARDI
1)     Uma vez que as famílias
tornavam-se mais numerosas quando os filhos atingiam a idade do casamento,
constituindo nova família, ocorria à busca de novas propriedades. (...).” – p.
16 MAINARDI
“O mundo ideológico destes
imigrantes caracteriza-se pelo fascínio da posse de terra: a crise da
propriedade na Itália e a exploração a que se encontravam submetidos (...),
fê-los considerar a propriedade do solo como sinônimo de independência,
dignidade e liberdade, proporcionando aos filhos alimentação farta e futuro;
(...).” – p. 09 BRESOLIN
“Muitos colonos procuram
mesmo aumentar sua propriedade, investindo as poucas economias na aquisição de outras
terras, de outros lotes para os filhos. (...).” – p. 09 BRESOLIN
Uma vez que as famílias
tornavam-se mais numerosas quando os filhos atingiam a idade do casamento,
constituindo nova família, ocorria à busca de novas propriedades. (...).” – p.
16 MAINARDI
“(...). A possibilidade de
ir para a América, para essa gente, era a realização do sonho de ter a sua
propriedade, e de não mais serem explorados pelos donos e senhores das terras.”
– p. 01 BORTOLINI
“(...). O importante era
aquisição das terras que um dia pudessem dizer: este pedaço de terra é meu e,
dele vou tirar o sustento para a minha família.” – p. 03 BORTOLINI
“Ao receberem as terras,
(...). A primeira condição era que tivesse água por perto, primeira e principal
necessidade à sobrevivência humana. (...).” – p. 06
“ (...), lá no fundo se
enchiam de esperança, pois o seu maior desejo era o de serem proprietários de
terras. (...).” – p. 19 BORTOLINI
Ter saúde e trabalhar em sua
própria terra era tudo para os primeiros colonizadores. Do trabalho familiar
surgiria à sobrevivência, ou quem sabe a riqueza da família.” – p. 28 FARINA
“(...). Nesse ambiente
perigosamente sobrecarregado pelas tensões sociais, a promessa usada pela
propaganda emigratória de que cada família que fosse para a América ficaria
dona de um vasto pedaço de terras, pagas ao Governo em pequenas parcelas em
longo prazo soava como dádiva aos ouvidos dos contadini sem terra,
sem pão e sem justiça...” – p. 143 BONGIOVANNI
" Cirillo Piccoli
fixou-se em definitivo na colônia (lote) n 49..... Era alfabetizado. Casou com
Albina Armigliato, de 16 anos em Ronco All' Àdige em 06 de agosto de 1872, não
alfabetizada... O casal teve um início difícil. O importante, porém era possuir
um pedaço de terra, o que era quase impossível na Itália." (29)PICCOLI
“(...). Pobres. Não mais
pobres que os outros. Pouca terra. (...).”– p.18. Quando ainda estão na Itália.
DALL’ALBA
“Dos Zaupa diz-se que não
passavam fome, mas poareti come ragni,
parece que não tinham terra própria. Sempre a fito, pagando renda, à meia.”– p. 18. Sobre a vida na Itália.
DALL’ALBA
“São gente pobre, mas livre,
exercendo verdadeira democracia. De início tinham arrendado os terrenos, mas
agora já eram proprietários. É admirável o espírito comunitário.” – p. 21.
Comentando da Itália. DALL’ALBA
A Itália é a
pátria – mãe de muitos imigrantes. Alicerçada na doutrina cristã de ‘crescei e
multiplicai-vos’, sem restrições, as famílias eram numerosíssimas. Não é raro
encontrar casais com mais de 15 filhos. (...).” – p.42. Citação feita para
explicar como eram as famílias na Itália .MOLON
 “A nona Marietta não era uma mulher de falar
bobagem. De noite, enquanto ela ficava fazendo trança, para me fazer ficar com
ela contava-me da Itália: (...).” – p.28 DALL’ALBA
Mas, quase de repente, Luigi
deixa tudo, nem vende sua propriedade, nem fecha a casa, e parte para o Brasil.
(...). Na família conserva-se uma tradição de que houvera atrito com um parente
de lá. (...).” –p.26 DALL’ALBA
..foi  o patriarca italiano,  o tronco da numerosa descendência da grande
família Dall' Onder no Brasil. Nasceu em 29 de maio de 1853 na comunidade de
Fongaso, Província de Beluno. Era filho de Guiseppe Onder e Ana Rech."
(41)Zardo 
" Vovô Gasperin nasceu
em Vila de Vila- Mel, Feltre, Beluno. Nem ele, nem os avós e pais dele, nunca
foram donos de terras na Itália. Sempre viveram debaixo de patrões. Viviam em
casarões, avós, pais e filhos. Todos debaixo do mesmo teto, por não terem onde
morar. Apenas ganhavam para viver..." (12) Gasperin
" No inverno, que era
sempre rígido e extenso, se reuniam em estábulos, tanto de dia como no serão.
As mulheres fiavam. As famílias numerosas tinham os seus teares manuais e
faziam seus tecidos, especialmente de linho, tanto para vestir-se como para
roupa de cama. Faziam meias, costuravam tudo a mão e consertavam roupas. Os
homens se dedicavam ao artesanato de madeira. Faziam baldes, estátuas de
santos, molduras, soldas, etc... Aprendiam um do outro." (13) Gasperin
            "Na Itália, os Dall' Acqua moravam em La Vale
D’Agordo, Beluno. Também eles, como os Gasperin, viviam em casarões. Avós, pais
e filhos moravam sob o mesmo teto, por não terem onde morar. Quem determinava
tudo eram os mais velhos, os avós. Ordem dada, ordem cumprida. Não se
desmembravam  por não terem aonde ir.
Trabalhavam para os patrões, passando misérias." (13) Gasperin
" Vovô Giiuseppe tinha
conhecimentos de geografia. Ao inscrever-se para o Brasil, preferiu o Sul.
Estavam acostumados ao frio. (...) Quando embarcaram, mamãe tinha três anos,
tio Matio seis, tia Angela oito, tio Angelo onze e tiio Luiz doze. Venderam o
pouco que tinham e vieram apenas com o indispensável. Mamãe dizia que trouxeram
baldes e panelas de cobre." (15) Gasperin
"Na Sertorina, que foi
a nossa Segunda morada depois do Barracão, as famílias tinham um linguajar
diferente do nosso. Mamãe era de Beluno, por isso nos apelidaram de 'belunati
mezzi mati'(3). Havia lá cremoneses, mantuanos, brescianos, bergamascos,
vicentinos, trevisanos etc... Cada família com o seu linguajar, de acordo com
os seus lugares de origem da Itália." (27) Gasperin
"...O mundo da mamãe
era a Itália, e depois São Miguel e Barracão." (26) Gasperin
"Nós também crescíamos
falando só o dialeto italiano e aprendendo coisas da Itália. Como os pais eram
italianos, nós também pensávamos ser italianos. Nada sabíamos do Brasil. O
Governo daquela época pouco ou nada fez pela instrução dos imigrantes e seus
filhos. Tiveram que se arranjar como podiam nesse setor. Mamãe, para nós,
arrumava cadernos e livros escolares no consulado Italiano de Bento Gonçalves.
Meus avós, como os pais, nada esperavam do Poder Público. Contavam  com suas próprias forças. Construíam as suas
estradas, escolas, pontes e pagavam os seus professores. Sentiam-se contentes e
gratíssimos ao Governo Brasileiro por tê-los acolhido, dando-lhes terras para
trabalhar e liberdade para viver, sem preocupações." (26) Gasperin
Hábito de família ou da
comunidade, os italianos usavam muitos provérbios. Quase para cada assunto
havia um. Recordo de alguns poucos, certamente conservados por tradição antiga,
transmitidos de boca em boca, de geração em geração e pronunciados muitas vezes
em linguagem dialetal. Gasperin
            - Conti spezzi, amicizzia longa         -
contas freqüentes, amizade longa
            - Chi arte non sa fare, boteco
sará     -
Quem ofícios não sabe, bodegueiro será 
            - In boca chiusa non entran
mosche              -
Em boca fechada não entram  moscas.
            - Giovani oziozi, vecchi
bisognosi    -Jovens ociosos velhos
necessitados
            -Tutti piace veder un mato  in pia-   
- Todos gostam de ver um louco na praça, 
            zza ma che nol sai della sua razza.     mas que não seja de sua raça. (29)
... Ele estava de cama,
esgotado de tanto trabalhar. Viveu só para trabalhar. Era de temperamento
oposto ao meu pai. Papai era explosivo e trabalhava tanto na lavoura como de
carpinteiro. Gostava de farras e de festas. Tio Francisco era calmo, nunca se
alterava. Tinha autoridade sim, mas sempre no mesmo ritmo. Só se dedicou à
lavoura. Gastou-se trabalhando. Pai de dezessete filhos e comprou terras para
todos." (89) Referência ao seu tio Francisco. Gasperin
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COSTAMILAN, Ângelo Ricardo.Homnes mitos na História de Caxias. Porto
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Tiene sentido que un supremacista mulato brasileño vea el mundo de esta manera.
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