Quando em 1924, o intendente Peninha (assim chamado por baixinho e agitado) proibiu a construção de casas de madeira no centro urbano de Caxias por causa dos incêndios, parece que ninguém deu muita importância. Os fiscais da Intendência inexistiam ,bem como o interesse em obedecer as leis,quanto mais os códigos municipais.
Na rua Dr. Montaury quase na esquina com a Os 18 de Forte existiam casas de madeira de quatro pavimentos, ainda na década de1950. Essas casas pertenciam ao advogado prático Alexandre Ramos, e, no porão viviam parte de seus parentes pobres,entre os quais Nelo Ramos ,vindos dos Campos de Cima da Serra .
Foto reproduzida do livro deJS Adami . |
No inicio da construção da cidade era mais barato construir casas de madeira. As serrarias abundavam ao contrário das olarias ,que ficavam nos vales .Apenas os grandes comerciantes podiam construir suas casas de negócio em alvenaria Uma das primeiras casas de alvenaria do centro da Vila de Santa Tereza,(esse foi o nome da área urbana do município) foi a casa de negócio de Batista Serafini .Situava-se na esquina da rua Sinimbu com a Dr. Montaury. A data em seu frontão era 1890.
Durante muitos anos a casa teve funções variadas. Foi residência da família do proprietário no primeiro pavimento ,e, anos mais tarde pensão familiar.No final da década de quarenta durante alguns anos nele funcionou uma loja chamada A Realidade .Seu proprietário Valentin Grimberg, foi um dos poucos judeus que se estabeleceram na antiga colônia ao contrário dos árabes que vieram cedo e aqui permaneceram. .No inicio da década de cinqüenta a família mudou-se para Porto Alegre.
Casa Serafini pouco antes da demolição1978 .Foto deLuís Antônio Giron |
Detalhe da porta |
Armazém do Povo. Fotos de Luís Antônio Giron1978 |
Casa Serafini em 1917. foi hotel |
Não estaria na hora de escrever a história das construções de Caxias?
Olá
ResponderExcluirNo trecho: " Uma das casas de madeira que mais resistiu ao tempo foi o Armazem do Povo,Cahamado pela população de Mercadinho do Povo.Velha casa de madeira que aparece nas primeiras fotos da Vila ,funcionou até a década de setenta. Então era de propriedade da família Santini."
A propriedade desta casa e do Armazém do Povo foi da família Mariani e não família Santini.
Sou Sergio Mariani, filho de Sergio Hermenegildo Mariani e neto de Atílio Mariani, este último proprietário do Armazém do Povo.
Peço por favor a correção desta informação.
Obrigado
Abraço
Sergio